Ex-jogador Edilson deve R$ 450 mil em pensão alimentícia desde 2013
PRESO O ex-jogador de futebol Edilson Silva Ferreira, que está preso desde terça-feira por não pagar pensão alimentícia, deve cerca de R$ 450 mil desde 2013, quando foi acionado na Justiça pela mãe do seu filho, em Brasília. O advogado de Edilson, Eduardo Lima, afirmou que ele está sem pagar a pensão desde janeiro no valor mensal de R$ 8,8 mil. “Só este ano, desde janeiro, em valores corrigidos, o débito é de
R$ 70 mil. Mas o montante é maior, de aproximadamente R$ 450 mil, desde o início do processo, em 2013”, explicou o advogado. Edilson não tem recursos para pagar os atrasados, segundo o advogado, e nem mesmo dinheiro para a fiança estipulada pela Justiça - cerca de R$ 20 mil - para que ele deixe a prisão. “A família ainda está tentando ver se consegue levantar esses recursos”, explicou o advogado. Edilson foi transferido para o Complexo Prisional da Mata Escura, na tarde de ontem. Ele teve ainda bens bloqueados a pedido do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) em função de dívidas trabalhistas. O valor é estimado entre R$ 8 milhões e
R$ 10 milhões, segundo informações do TRT. O diretor da Coordenadoria de Execução do Tribunal, Rogério Fagundes, explicou que a penhora de alguns imóveis foi para garantir o pagamento de ações judiciais. “Há entre 20 e 30 processos que ele está envolvido, relacionados a dívidas trabalhistas de grupos de pagode e casas de show que ele já teve. Esses bens foram bloqueados por garantia processual. Identificou-se que ele passava bens para outros familiares para evitar a penhora”, explicou Rogério. Os processos, segundo o TRT, estão em andamento desde 2011. A audiência será realizada no dia 14 de setembro, e o ex-jogador já foi notificado pelo tribunal. O CORREIO não localizou nenhum advogado representando o ex-atleta nesse caso trabalhista. Em 2016, Edilson foi preso, em Brasília, por conta de uma dívida de pensão alimentícia. Em 2014, o ex-jogador também foi preso em cumprimento a dois mandados expedidos pela Justiça do Distrito Federal. Na época, a prisão foi feita enquanto Edilson passava pela Avenida Anitta Garibaldi.