Correio da Bahia

BAHIA: A ECONOMIA VOLTOU A CRESCER

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A economia baiana está saindo da crise. Os números relativos ao desempenho dos diversos segmentos da economia e do mercado de trabalho mostram isso de maneira cabal, com pequenas exceções. O comércio, que registra queda nas vendas a 29 meses consecutiv­os, voltou a crescer em junho, um incremento de 1,5% em relação ao mesmo mês do ano passado.

E o resultado não se constitui apenas um ponto na curva, afinal, em relação a maio, um mês tradiciona­lmente forte por causa do dia das mães, as vendas no varejo cresceram 2,3%. Em junho, as vendas cresceram em 8 das 10 atividades do varejo, com destaque para as vendas de eletrodomé­sticos, com incremento de 36%, enquanto as vendas de veículos e material de construção cresceram 4% e 4,7% respectiva­mente.

Vários fatores contribuír­am para esse resultado, entre eles a queda da inflação e dos juros, a liberação dos recursos do FGTS e os sinais de estabilida­de da economia, que estão trazendo o comprador de volta às lojas. Além do comércio, a atividade turística voltou a cres- cer em junho, registrand­o um incremento de 3,8% em relação ao mesmo período do ano passado. No primeiro semestre de 2017, o volume das atividades de turismo acumula cresciment­o de 2,2% na Bahia, um desempenho superior a média nacional.

Esse cresciment­o ainda não se dá de forma generaliza­da, pois, no que se refere ao varejo, o ramo de Supermerca­do e Hipermerca­dos ainda registrou queda nas vendas de cerca de 13% e, no caso do turismo, a taxa de ocupação média dos hotéis ainda está baixa, mas a tendência de retomada dos negócios em ambos os setores é nítida.

O setor serviços também inverteu a tendência de queda e cresceu 2,0% em junho, enquanto a agropecuár­ia baiana vai colher este ano a maior safra de grãos de sua história, superior a 8 milhões de toneladas e quase 45% maior que a do ano anterior. A construção civil também voltou a crescer e, ainda que de forma lenta, está engatando a marcha para novos lançamento­s. O único setor da economia baiana que permanece estagnado é a indústria, que registrou no primeiro semestre de 2017 uma queda de 7,4% em relação ao mesmo período de 2016.

O mais importante é que o cresciment­o da economia está se refletindo no mercado de trabalho, com saldo positivo em todos os setores e a construção civil voltando a contratar em junho, após muitos meses seguidos com resultados negativos. Apenas o comércio mantém uma tendência de eliminação de postos de trabalho, mas o sinal deve se inverter com a manutenção da tendência de cresciment­o. Os números apresentad­os são do IBGE e do Caged e demonstram que a economia baiana retomou o cresciment­o e que, no segundo semestre de 2017, mesmo que de forma lenta e não homogênea, os negócios vão deslanchar.

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