Luz na passarela
O passeio no shopping, ontem, foi animado, principalmente se você é do tipo que gosta de pets. Isso porque 164 cães, de 33 raças diferentes, participaram do Campeonato Nacional de Raças Caninas, no Shopping Paralela.
Divididos em três pistas, os cães passaram pelos olhos clínicos de 11 juízes do Brasil e de países como Suécia, Itália e Uruguai. O evento foi promovido pelo Clube Baiano de Cinofilia.
Entre os competidores estavam as duas cadelas da psicóloga e estudante de Veterinária Luciana Ventin: Liz Bella, de 2 anos, e Malu, 9 meses, que competiram em uma categoria específica para chihuahuas.
Liz Bella ganhou o prêmio de melhor adulta da raça e melhor fêmea. Já Malu, que é filha de Liz, foi escolhida a melhor cadela jovem da raça.
Os animais foram avaliados pelas características de sua raça, como estrutura, movimento e apresentação. “É um concurso de beleza em que o cão precisa mostrar pureza da raça”, conta Javier Garrido, diretor da exposição e membro do Clube Baiano de Cinofilia.
Inicialmente os cães competiram entre seus iguais, depois entre os parceiros de seu grupo. Ao todo foram 11 grupos que unem raças de cachorros com características próximas, como por exemplo cães pastores e boiadeiros, cães de guarda, cães terriers, cães de caça, cães de companhia, entre outras. Depois de escolhido o melhor de cada grupo, eles participaram da grande final, a Best In Show, em que foram escolhidos os cinco melhores, premiados com troféu e pontuação para o ranking nacional.
O chihuahua que venceu como “o melhor pelo longo da raça” em 2015 e 2016 estava em Salvador participando da competição. Nero Black, o cão de Horácio Neves Batista, saiu de lá premiado como o melhor da raça. Além de Nero, Horácio tem 11 cães, um deles é o segundo melhor adulto do ranking brasileiro. Além de chihuahuas, ele cria bulldogs há seis anos. “É uma coisa de família”, contou Horácio.
O árbitro uruguaio Sergio Piccorno explica que o cão competitivo é o que melhor se adapta ao padrão de sua raça: “Tem que estar limpo, penteado e com o corte de cabelo correto”, conta. Além disso, ele cita a boa alimentação, o carinho do dono, o bom trato, além da seleção de um criador de boa genética.
Mas esses cuidados custam caro. Horácio diz gastar cerca de R$ 4 mil por mês com seus animais, incluindo alimentação, cuidados com veterinário, banho e tosa e passagens de avião para as competições. No caso de Luciana, o gasto não passa de R$ 500, pois muitos dos cuidados, como banho e tosa, ela faz em casa.
Para quem quer ter um cão de competição, ela dá a dica: “Conheça a raça, tenha um veterinário de confiança e garanta a socialização do cão”.