24h Barcelona: jovem marroquino liderou atentado
TERRORISMO As autoridades da Espanha intensificaram, ontem, a busca pelo marroquino Younes Abouyaaquoub, de 22 anos, suposto líder da célula terrorista islâmica que arquitetou os ataques com vans em Barcelona e Cambrils. Na madrugada, a polícia catalã recuou e disse que o terrorista não havia sido morto por forças de segurança na madrugada de sexta. O nome de Younes aparece em uma lista de suspeitos emitida na Espanha e na França. Durante a madrugada, a polícia fez duas operações no noroeste da Catalunha em busca de mais membros da célula, mas não encontrou pistas. A polícia anunciou também que efetuaria, ontem, uma série de explosões controladas em Alcanar, ao sul de Barcelona. No local, a célula terrorista planejou os ataques a partir de uma casa alugada que foi destruída por uma bomba na véspera do atropelamento em massa, em um incidente aparentemente acidental. As autoridades acreditam que a explosão de quarta, na qual morreu uma pessoa e uma ficou ferida, evitou um ataque mais letal com explosivos, obrigando os radicais a empregar um método de atentado mais rudimentar - no caso, o uso de vans contra multidões. Os ataques extremistas começaram na tarde de quinta, quando uma van descontrolada invadiu a avenida Las Ramblas, no coração de Barcelona, e atingiu residentes e turistas. Ao menos 14 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridos. Sete horas depois, cinco radicais atropelaram pedestres em Cambrils. Seis pessoas ficaram feridas e uma morreu horas depois. Posteriormente, a polícia abateu cinco terroristas. Ontem, no dia que milhares de pessoas foram ao centro de Barcelona, homenagear as vítimas, o ministro do Interior da Espanha, Juan Ignacio Zoido, afastou a possibilidade de novos atentados no país e disse que, por isso, o nível 4 de alerta para terrorismo está mantido. “Não há iminência de novos ataques”, disse ele no Twitter, após uma reunião de segurança que determinou que medidas adicionais serão tomadas. A autoria do atentado foi reivindicada pelo Estado Islâmico (EI), que disse em um comunicado divulgado ontem que os ataques em Barcelona e Cambrils foram contra “cruzados e judeus”. A declaração foi divulgada pela organização de monitoramento de extremistas Site Intel Group.