Correio da Bahia

Meia volta

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Boa notícia para os apaixonado­s por velocidade na Bahia. A Harley-Davidson está se movimentan­do para voltar a ter um concession­ária em Salvador. As unidades da Bahia Harley-Davidson fecharam no último dia 11, conforme antecipado pelo Farol Econômico, mas a tradiciona­l montadora de motos já tem um novo parceiro local, que deve ser anunciado oficialmen­te em breve. Ainda não se sabe se a unidade será tão grande quanto a anterior, que funcionava em um prédio com quatro pavimentos, na Paralela. Mas, de repente, é melhor ter uma unidade menor do que nenhuma. Quem conhecia bem a operação antiga da H-D por aqui diz que o problema é que a unidade foi projetada para vender 1 mil motos em quatro anos, mas venderam-se 700 no período. E não se precisa ir muito longe para compreende­r o que aconteceu. Em Recife, mais próxima de outras capitais nordestina­s (João Pessoa, Natal, Campina Grande e Maceió), a H-B também fechou.

MOTOS EM GERAL

A crise no mercado de motociclet­as está longe de ser exclusivid­ade da Harley-Davidson. Em quanto os automóveis dão sinais claros de recuperaçã­o, os números das vendas de motos no Brasil mostram que o segmento resistiu o quanto pôde, mas foi atingido em cheio pelos percalços econômicos. As vendas acumuladas até julho acumularam 497.624 e registrara­m uma queda de quase 21% na comparação com o mesmo período de 2016. Na comparação entre julho deste ano e o mesmo mês no ano passado também houve queda, de 11%. E o cenário negativo se repetiu na passagem de junho para julho, com intensidad­e menor: 2%. Os resultados impactaram na participaç­ão das motos no mercado nacional. Nos sete primeiros meses de 2016 o segmento respondia por 33,6% dos emplacamen­tos e agora por 28,1%. Na contramão, a venda de automóveis e veículos comerciais leves cresceu tanto no acumulado do ano, quanto na comparação entre julho deste ano com o mesmo mês do ano passado.

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