Grupo é preso por vender botox ilegalmente; lucro chega a R$ 1 mi
FALSOS MÉDICOS Uma quadrilha que atuava em um esquema de compra e venda ilegal de produtos estéticos lucrou mais de R$ 1 milhão, no período de um ano, em Salvador, de acordo com informações da Polícia Civil. O grupo utilizava nomes de conhecidos médicos da capital para adquirir medicamentos na internet. Quatro dos cinco integrantes da equipe foram apresentados no Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (DCCP), na Piedade, na tarde de ontem. Entre o material apreendido pela polícia estão 367 ampolas contendo botox de diversas marcas, 405 microagulhas, ampolas com anabolizantes, diversos aparelhos para rejuvenescimento, além de carimbos e receituários com o nome de médicos atuantes nas áreas de cirurgia plástica e neurologia da capital. Para ter acesso aos produtos, os suspeitos compravam os medicamentos em sites de todo o país com os registros falsos dos médicos e os revendiam em Salvador. Estima-se que cada caixa de botox, que pode valer cerca de R$ 600, era vendida por até R$ 2 mil pelo grupo. Os integrantes da quadrilha Alisson Souza de Araújo, 23 anos, Flávio dos Santos, 33 anos, Flávia Peçanha Martins de Cavalcanti, 33 anos, e Genniff Loise Batista Coutinho, 22 anos, foram presos nos bairros de Jardim Armação, Pituba e Acupe de Brotas, na última sexta-feira. “O flagrante foi feito quando dois deles estavam com uma receita falsa perto de uma farmácia de manipulação, em Armação”, disse a delegada responsável pelo caso, Glória Izabel Ramos. Só Maria Ledaiane Andrade Cruz, 27, outra envolvida no esquema, foi liberada pela Justiça, por estar amamentando seu bebê de quatro meses. Conforme a polícia, enquanto Flávio e Alisson se passavam pelos médicos na internet, Flávia, que é formada em Fisioterapia, era responsável pelas vendas dos produtos. Já a garota de programa Genniff tinha a missão de receber os produtos em casa.