PGR pede suspeição de Gilmar Mendes no caso do ‘rei do ônibus’
PADRINHO DE CASAMENTO O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, questionou à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, sobre a necessidade de impedimento, suspeição e incompatibilidade do ministro Gilmar Mendes, relator dos habeas corpus que tiraram da prisão os empresários Jacob Barata Filho e Lélis Marcos Teixeira. As petições foram encaminhadas, ontem, a pedido dos procuradores da República da força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro. O inquérito da Operação Ponto Final investiga crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, cometidos por organização criminosa com atuação no governo estadual do Rio de Janeiro, de 2007 até os dias atuais. Gilmar concedeu liminar em 17 de agosto para substituir a prisão preventiva de Barata Filho por medidas cautelares diversas da prisão. Um novo pedido de prisão, em outro processo a que responde o empresário, foi decretado no mesmo dia. A defesa, por sua vez, apresentou reclamação e pediu a extensão da decisão proferida pelo ministro Gilmar Mendes, que a concedeu na última sexta-feira, 18 de agosto, para revogar a nova prisão. A Procuradoria diz que Gilmar tem “vínculos pessoais” com Barata. O ministro foi padrinho de casamento de uma das filhas do empresário.