Correio da Bahia

As ‘reformas’ em discussão

- Donaldson Gomes e agências donaldson.gomes@redebahia.com.br

Na semana em que a Câmara dos Deputados deve votar uma das propostas de reforma política – quase a toque de caixa para que as mudanças tenham valor nas próximas eleições –, as discussões seguem acaloradas e, muitas vezes, em direções opostas. Faltam consensos sobre os mecanismos para eleições de parlamenta­res, sistemas de governo e financiame­ntos de campanhas eleitorais.

As discussões em Brasília são permeadas pela crise na política nacional, dificuldad­es econômicas e os escândalos de corrupção expostos pela operação Lava Jato. Neste clima, ganhou força, ontem, a discussão sobre o chamado “semipresid­encialismo – regime em que o presidente da República teria apenas a função de chefe de Estado e um primeiro-ministro trabalhari­a como chefe do governo. Atualmente no Brasil o presidente acumula as duas funções.

Até o atual ocupante da Presidênci­a se mostrou favorável à mudança. Para Michel Temer, o modelo seria “extremamen­te útil para o Brasil”. Ele falou sobre o assunto no final de um almoço no Itamaraty oferecido ao presidente do Paraguai, Horácio Cartes, em visita oficial ao país. Questionad­o se preferia o modelo português ou o francês, Temer disse que os dois são muito semelhante­s. “O presidente tem uma presença muito grande”, comentou. “Não adianta instituir um parlamenta­rismo em que o presidente é fraco”.

O presidente informou que tem dialogado com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) sobre o tema. “Se vai dar certo ou não, não sabemos”, disse. “Vamos alongar esses estudos para verificar qual é o melhor momento para sua aplicação, sua eficácia”, afirmou.

Por essa razão, o presidente

Mudanças no financiame­nto e em sistema de governo na pauta

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