Correio da Bahia

Cabo da PM é morto, e morador reprova UPP

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RIO DE JANEIRO O cabo da Polícia Militar Thiago Rodriguez Silva, 32 anos, foi encontrado morto ontem, dentro do carro dele, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Ele era lotado na Unidade de Polícia Pacificado­ra (UPP) Tabajaras e levou um tiro na cabeça. Há seis anos na corporação, a vítima estava de folga quando desaparece­u. O caso é investigad­o pela Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Agentes da polícia fizeram diligência­s na região, mas ninguém havia sido preso até o início da noite de ontem. Thiago é o 98º policial militar morto no Rio este ano. Também ontem, a Secretaria da Segurança anunciou que vai retirar três mil policiais das UPPs e redistribu­í-los pelo estado. Isso representa cerca de 30% do efetivo atual, que é de 9.543 policiais. As 38 unidades que existem hoje serão mantidas, segundo a pasta. Pesquisa do Cesec (Centro de Estudos de Segurança e Cidadania), da Universida­de Cândido Mendes, divulgada ontem, mostra que a maior parte das pessoas que moram em favelas no Rio onde há UPP acha que o projeto foi mera “maquiagem”. O programa foi instalado em 2008 para retomar áreas dominadas pelo tráfico e aproximar a população do estado. Em meio à crise pela qual passa o Rio, o projeto está em xeque, com muitos confrontos entre policiais e traficante­s e muitos casos de inocentes vitimados. Para grande parte dos moradores, a instalação da UPP não modificou de forma significat­iva seu cotidiano. Ao serem indagados sobre aspectos positivos e negativos do projeto, entre 55% e 68% disseram que a iniciativa “não faz diferença”.

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