Tasso segue na Presidência: ‘Autocrítica vai continuar’
DISPUTA INTERNA O presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), negou, ontem, que o partido estivesse em “guerra” nos últimos dias, diante da repercussão negativa em torno da propaganda partidária da legenda. Segundo ele, os tucanos têm e continuarão tendo divergências, mas garantiu que o processo de autocrítica vai continuar. “Graças a Deus, tem divergência, porque não somos partido de pensamento único. Partidos de pensamento único são comunistas”, afirmou.
Tasso comandou ontem reunião na sede do diretório do partido, em Brasília, com a presença de presidentes dos diretórios estaduais. Ele convidou para o encontro o senador Aécio Neves, presidente licenciado da sigla, o que foi visto como sinalização de acordo de paz. Mas, em ato falho, chamou Aécio de “ex-presidente do PSDB” antes de se corrigir.
“Não precisava selar paz onde não tinha guerra. Era importante a presença do Aécio como ex-presidente do partido... presidente afastado, no momento que a gente fazia a primeira reunião dos diretórios regionais”, afirmou. Tasso minimizou a reunião entre Aécio e Michel Temer, no fim de semana, na qual o presidente teria pedido ao senador mineiro que o cearense deixasse a presidência interina do partido. “Só ouvi falar disso. Não tem importância nenhuma. Não acredito que o senador Aécio Neves participasse dessa reunião”, disse. Aécio Neves decretou o fim das “divergências” internas do partido. “Paz no ninho, tudo calmo”, afirmou Aécio. “Eu insisti dias atrás que permanecesse e novamente eu estou dizendo a ele que é o que tem melhores condições de conduzir o partido até dezembro. Vamos ajudar, participar, seguir cronograma das convenções e defendo que em dezembro a gente escolha o candidato a presidente da República”, declarou.