Snapchat também é aliado na hora de aprender
O Snapchat, outra rede social popular entre os jovens, também vem sendo ferramenta de aprendizado para estudantes, inclusive com adesão de professores que postam os chamados Snap Desafios e Snap Dicas. No ano passado, o CORREIO fez uma matéria com o professor de Química Victor Benevides, que costuma lançar desafios, vistos por mais de cinco mil alunos. Nessa plataforma, os vídeos e imagens só duram dez segundos e os usuários têm apenas 24 horas para visualizar o conteúdo. O próprio professor garante que dá para estudar assim. “Não a aula completa, mas dicas. A gente brinca que vai ser uma ‘snapdica’, um conselho, uma palavra de conforto, de superação, quase um coach e obviamente tudo relativo à Química”, apontou ele, que faz isso desde 2014 por indicação dos próprios alunos.
“É uma nova forma da gente interagir com o aluno. Querendo ou não, você reforça o conteúdo dado em sala de aula nas redes sociais e tem funcionado. O retorno deles é positivo”, completa.
O próprio Descomplica, curso online pré-vestibular e preparatório para o Enem, garante ter milhares de visualizações no Snapchat.
Para o professor Edvaldo Couto, um dos coordenadores do grupo de pesquisa Educação, Comunicação e Tecnologias (GEC), da Universidade Federal da Bahia (Ufba), o Snapchat é uma ferramenta que pode e deve ser utilizada por professores e alunos para estudos. “A era das conectividades, com usos intensos de tecnologias móveis, nos coloca no centro das dinâmicas velozes da instantaneidade. O Snapchat é um desses ambientes. É mais um aliado da educação que não pode ser deixado de lado na cultura digital”, explica.
Mas é preciso aliar o uso do Snap às outras formas de estudar e deve-se ter limite para o uso do celular. “Ele não deve substituir as aulas, as orientações de professores, o convívio dos colegas, outros ambientes de rede onde se arquiva tudo que foi postado”, diz.