Kesha dá a volta por cima com o seu melhor álbum
A cantora americana Kesha, 30, passou por maus momentos nos últimos anos. Envolveu-se numa disputa nos tribunais com o produtor Dr. Luke, a quem acusou de assédio sexual (chegou a dizer que ele a teria drogado e estuprado certa vez), e tentou ser liberada de um contrato de vários álbuns com a Sony Music.
A Suprema Corte de Nova York, porém, decidiu que Dr. Luke era inocente das acusações movidas pela artista (que retirou a denúncia contra o produtor, em agosto de 2016), mas permitiu que ela não mais trabalhasse diretamente com ele, e sim com a Sony.
Agora, na companhia do produtor e pianista Ben Folds (da banda Ben Folds Five) e distante das batidas sujas do electro dance que tanto gostava,
Kesha acerta em cheio com Rainbow (Sony). São boas canções pop nas quais ela fala de dor, frustração e raiva.
Kesha tem dito que Rainbow é o trabalho que mais a representa e que ela procurou boas e renovadas companhias para isso. De fato. Com The Dap-Kings, banda que acompanhava a grande Sharon Jones (1956-2916), ela brilha na vibração soul retrô de Woman.
Eagles of Death Metal e Dolly Parton também estão em Rainbon. A banda de Josh Homme e Jesse Hughes participa das contagiantes Let’Em Talk e Boogie Feet, enquanto a diva country faz dueto com Kesha numa bela versão da sua canção Old Flames Can't Hold a Candle to You.
Como depois da tempestade vem a bonança, Rainbow conquistou a crítica americana e inglesa e emplacou o álbum no topo da parada da Billboard (EUA). Kesha merece.