Mais de 100 funcionários de obra do metrô passam mal após almoço
ESTAÇÃO AEROPORTO Mais de 100 funcionários que trabalham nas obras da Estação Aeroporto da linha 2 do metrô passaram mal, e a maioria deles foi hospitalizada, ontem, após um almoço servido a eles anteontem. Ao todo, 110 colaboradores foram identificados com quadro de intoxicação, sendo que 78 deles seguiram para atendimento em UPAs dos bairros de Itinga, São Cristóvão e para o posto de saúde Nelson Barros, no Centro de Lauro de Freitas. Parte dos funcionários, que são da construtora Ferreira Guedes, contratada pela CCR Metrô Bahia, chegou na UPA de Itinga no início da manhã de ontem. De acordo com Brenda Virginia, funcionária do local, eles relataram dores na barriga e vômito. Ainda segundo a UPA, os 33 pacientes atendidos lá informaram que comeram arroz, feijão, salada e galinha no almoço oferecido no dia anterior. “Chegaram três ônibus com os funcionários, mas nós não tivemos como atender todo mundo porque não tinha vaga”, contou Brenda. O posto de saúde Nelson Barros recebeu 25 trabalhadores. O posto informou que eles tomaram soro e medicamentos e, depois, foram para casa. Os funcionários consumiram a refeição em um restaurante montado pela construtora - a empresa responsável pela refeição não foi divulgada. “Comi feijão, arroz, frango que tava desfiado, carne misturada. A gente não sabe dizer exatamente o que fez a gente passar mal”, disse à TV Bahia um operário que passou mal e que preferiu não se identificar. “Fui trabalhar hoje pela manhã achando que só era eu que tava passando por isso. Mas, chegando lá [no canteiro de obras], vi que os outros colegas também estavam passando pela mesma situação, não só os colegas de campo, como também do administrativo e gerência”, comentou outro trabalhador que precisou de atendimento médico. Em nota, a assessoria de comunicação da CCR afirmou que a empresa ofereceu assistência para os funcionários. Além disso, a CCR disse que está investigando as amostras de água e alimentos, para que seja identificada a origem do problema. Apesar da ausência dos trabalhadores, a assessoria de comunicação da CCR informou que o trabalho não foi suspenso. Em 2015, os trabalhadores do metrô precisaram ser encaminhados para ambulatórios médicos do canteiro de obras da Estação Pirajá. Eles também estavam com suspeitas de intoxicação alimentar. Na época, a CCR informou que uma empresa havia sido contratada para fazer as refeições para os mais de 5 mil operários.