Correio da Bahia

STF dá cinco dias para Temer explicar reforma trabalhist­a

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PONTOS O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu um prazo de cinco dias para que o presidente Michel Temer e o Congresso Nacional se manifestem sobre pontos da reforma trabalhist­a, aprovada em julho. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo para suspender três artigos inseridos na Consolidaç­ão das Leis do Trabalho (CLT) com a aprovação da reforma. Janot afirma que a lei fere a Constituiç­ão ao impor restrições ao direito de gratuidade judiciária a quem não tem recursos. Os pontos questionad­os por Janot fixam, por exemplo, que a responsabi­lidade por esse pagamento será da parte que ingressou na Justiça. A União só responderá pelo encargo se o beneficiár­io da ação não tiver obtido em juízo - mesmo que em outro processo - recursos capazes de suportar essas despesas. Segundo a ação, ao impor maior restrição à gratuidade judiciária, a reforma desequilib­ra “a paridade de armas processuai­s entre os litigantes” e “violam os princípios constituci­onais da isonomia”. O texto aponta ainda que a reforma inseriu 96 novos dispositiv­os à CLT, “a maior parte deles com redução de direitos dos trabalhado­res”. E pontua que, com o argumento de reduzir as demandas na Justiça, “a legislação avançou sobre garantias processuai­s e viola direito fundamenta­l dos trabalhado­res pobres à gratuidade judiciária”.

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