Correio da Bahia

JBS entrega novos anexos do acordo de delação à Procurador­ia

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COMPLEMENT­O Os advogados do grupo J&F entregaram, ontem, os anexos complement­ares da delação feita pelos executivos da empresa. Há entre os novos anexos repassados à Procurador­ia-Geral da República a explicação de como deve ser feita a leitura de planilha entregue pelo diretor Ricardo Saud, que indica doações da JBS a mais de 1,8 mil políticos. No material, a JBS aponta quais doações foram fruto de corrupção e quais foram caso de caixa 2 – quando não há registro oficial da doação, mas a empresa não negociou nenhuma contrapart­ida para o repasse do dinheiro. Há anexo também sobre os contratos das empresas do grupo com o Banco Nacional de Desenvolvi­mento Econômico e Social (BNDES). As informaçõe­s prestadas, segundo fontes com acesso ao material, indicariam gestão fraudulent­a nas operações do banco. Nesse caso, a entrega tem como finalidade evitar que empresa seja processada na Justiça Federal de Brasília por conta dos desdobrame­ntos da operação Bullish. O procurador do caso, Ivan Marx, afirmou à reportagem que Joesley omitiu em sua colaboraçã­o os crimes praticados no banco público. Diante das críticas do juiz, a empresa decidiu que entregaria todo o material à PGR, órgão com o qual foi firmado o acordo de delação, para que os investigad­ores decidam o que compartilh­ar com o Ministério Público Federal em Brasília. Entre as novas informaçõe­s entregues estão também gravações feitas por Joesley Batista, dono do grupo e um dos delatores. A Polícia Federal havia encontrado, durante perícia no gravador de Joesley, arquivos apagados. Batista optou por entregar tudo que tem aos procurador­es.

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