Estradas estão entre os grandes problemas
Para o conselheiro de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Marcus Galindo, a expansão da infraestrutura é muito importante neste momento para se melhorar a capacidade de produção e, consequentemente, de competitividade na região Oeste. Os produtores da região se queixam das más condições das estradas, necessárias para o escoamento da produção. “O que temos visto, com relação a isso, são investimentos pontuais, feitos mais por necessidade do que como estratégia de melhoria para se destacar dos concorrentes”, afirmou Galindo.
Representantes da Associação Baiana de Agricultores e Irrigantes (AIBA) discutiram a situação das rodovias com o governo do estado no último mês. Para que os serviços de recuperação das BA's 225, 459 e 460 tenham durabilidade, a Aiba solicitou a manutenção dessas rodovias através de uma camada de Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ), o mais nobre dos pavimentos. “É imprescindível que essas estradas recebam o CBUQ o quanto antes. Só assim teremos uma maior vida útil do asfalto e garantimos o bom escoamento da próxima safra”, defendeu o vice-presidente da Aiba, Luiz Antônio Pradella. No encontro, ele também citou a necessidade de uma reforma para a BA-463, de São Desidério.
Ao avaliar o quadro atual do desenvolvimento da indústria baiana, o superintendente de Promoção de Investimentos da Secretaria de Desenvolvimento da Bahia (SDE), Paulo Guimarães, disse que o governo da Bahia tem buscado investir em infraestrutura para melhorar o escoamento da produção.
“O governo tem buscado melhorar as estradas e acessos portuários, por meio das parcerias público-privadas. Sabemos que é um interesse comum, do governo e das empresas, em melhorar a logística, então estamos fortalecendo este elo”, afirmou.
Ao avaliar o desempenho da indústria baiana, o professor aposentado da Faculdade de Economia da Universidade Federal da Bahia, Oswaldo Guerra, disse que ela passa por um processo de desindustrialização. “A exemplo de outros estados, a indústria da Bahia está perdendo o poder de influência no Produto Interno Bruto, ao passo que o setor de serviços vem aumentando a participação”.