Megainvestimento chinês está parado
Um dos grandes investimentos previstos para a região, anunciado pelo governo da Bahia ainda não foi concretizado. Trata-se da maior esmagadora de soja do Brasil, anunciado por uma empresa chinesa. O investimento estimado é de R$ 4 bilhões. Atualmente, as negociações estão paradas por indefinição de local para instalação da unidade, que inicialmente ficaria localizada em Barreiras.
Enquanto isso não ocorre, diz o coordenador de Projetos Agrícolas da Secretaria de Agricultura da Bahia (Seagri), Marcelo Libório, “o governo tem procurado ajudar o setor por meio de ações fitossanitárias e profiláticas, combatendo pragas na lavoura e fazendo com que a qualidade da soja do oeste seja mantida”. “Sabemos que temos ainda um gargalo enorme com estradas mal conservadas, devido também às carretas que trafegam por lá, que são muito pesadas”, diz.
“Mas temos buscado fortalecer toda a cadeia da soja, sobretudo da produção de farelo de soja, que serve para fazer ração animal. Temos incentivado a ida para a região de várias empresas que produzem ração”, destacou.
O assessor de agronegócios da Associação Baiana de Agricultores e Irrigantes (Aiba), Luiz Stahlke, observou que é preciso aproveitar o momento para fazer novos investimentos. “A Cargill, por exemplo, já procurou a Prefeitura para comprar um terreno e construir uma nova unidade em local próprio, pois onde eles estão atualmente é arrendado. Querem expandir produção, só não sei em quanto”, contou Stahlke.
Em Luis Eduardo Magalhães, uma das principais cidade do Oeste, a boa safra de soja já era esperada, disse o secretário de Agricultura Franco André Bosa. Segundo ele, os números positivos no campo estimulam o desenvolvimento de outros negócios. “Nas conversas com produtores já se esperava uma boa safra, até pelas condições climáticas. E isso favorece a expansão das empresas”, disse.