Vazão do Rio São Francisco é reduzida, e bioma sofre
Enquanto não há ações efetivas para o combate à degradação ambiental na área da lagoa, outro problema que interfere no bioma local, a baixa vazão do Rio São Francisco, também vai se agravando.
A Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), que opera usinas hidrelétricas ao longo do rio, informou que a vazão foi reduzida ontem de 600 metros cúbicos por segundo para 580. A redução ocorre a partir da barragem de Xingó, em Sergipe.
Na barragem de Sobradinho, na Bahia, até o dia 25 deste mês, a vazão permanecia em 600 metros cúbicos por segundo. Questionada pelo CORREIO se haveria redução em Sobradinho, a Chesf informou que não poderia dar retorno sobre isso ontem.
Na terça, o volume útil do reservatório da Bacia do Rio São Francisco era de 5.713 hm³ (hectômetros cúbicos), o que equivale a 12,03% do seu volume útil total. Na mesma data do ano passado, o armazenamento era de 19,64%, segundo uma nota da Chesf publicada no site oficial da companhia.
A hidrelétrica de Sobradinho fica a 748 km da foz do Rio São Francisco. Além da geração de energia, o reservatório cumpre o papel de regularização dos recursos hídricos da região, que abrange municípios como Juazeiro (BA) e Petrolina (PE).
Em janeiro deste ano, o CORREIO publicou a série especial Vozes da Seca, que trouxe cenas inéditas e informações exclusivas sobre a seca que atinge o Nordeste desde 2012, além das histórias de moradores de zonas rurais que vivem a pior face da seca.