Se vira na crise
Em um cenário de crise econômica e com 13,3 milhões de desempregados no país, as pessoas precisam dar um jeito de se virar para sustentar a casa e a família. Muitas delas aderiram ao trabalho informal ou atividade por conta própria e já não fazem mais parte dessa estatística de desocupados. Foi o que apontaram os dados da Pnad Contínua, pesquisa oficial de emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cuja abrangência é nacional e engloba postos de trabalho formais e informais.
A taxa de desemprego no país ficou em 12,8% no trimestre encerrado em julho. Em relação ao trimestre terminado em junho, quando a taxa ficou em 13%, o recuo foi de 0,2 ponto percentual. Já em relação ao trimestre móvel terminado em abril (13,6%), o recuo foi ainda maior, de 0,8 ponto percentual. No entanto, frente ao mesmo trimestre de 2016, a taxa continua 1,2 ponto percentual maior, quando o desemprego estava em 11,6%.
Na comparação com o mesmo trimestre de 2016, o desemprego atingiu 1,5 milhão de pessoas a mais este ano. Segundo dados da Pnad Contínua, a população ocupada do país em julho era 90,7 milhões de pessoas, em números absolutos.
Informalidade tira brasileiros da fila do desemprego e taxa cai a 12,8%
OUTRO CAMINHO
Segundo o IBGE, no contexto da crise econômica e da consequente falta de oferta de empregos formais, a maioria dos 721 mil brasileiros que deixaram a fila do desemprego no trimestre encerrado em julho fez isso pela via da informalidade.
“O aumento aconteceu, principalmente, entre os empregados sem carteira assinada, contingente que respondeu por mais 468 mil novos empregos, e entre os trabalhadores por conta própria, que respondeu pelo ingresso de mais 351 mil pessoas no mercado”, diz o IBGE. Já a população com carteira assinada manteve-se estável em 33,3 milhões”, diz a nota do IBGE.
O IBGE registrou nível de ocupação (indicador que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) estimado em 53,8% no trimestre de maio a julho de 2017, apresen-