Correio da Bahia

Se vira na crise

- Lucy Barreto com agências lucy.barreto@redebahia.com.br

Em um cenário de crise econômica e com 13,3 milhões de desemprega­dos no país, as pessoas precisam dar um jeito de se virar para sustentar a casa e a família. Muitas delas aderiram ao trabalho informal ou atividade por conta própria e já não fazem mais parte dessa estatístic­a de desocupado­s. Foi o que apontaram os dados da Pnad Contínua, pesquisa oficial de emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístic­a (IBGE), cuja abrangênci­a é nacional e engloba postos de trabalho formais e informais.

A taxa de desemprego no país ficou em 12,8% no trimestre encerrado em julho. Em relação ao trimestre terminado em junho, quando a taxa ficou em 13%, o recuo foi de 0,2 ponto percentual. Já em relação ao trimestre móvel terminado em abril (13,6%), o recuo foi ainda maior, de 0,8 ponto percentual. No entanto, frente ao mesmo trimestre de 2016, a taxa continua 1,2 ponto percentual maior, quando o desemprego estava em 11,6%.

Na comparação com o mesmo trimestre de 2016, o desemprego atingiu 1,5 milhão de pessoas a mais este ano. Segundo dados da Pnad Contínua, a população ocupada do país em julho era 90,7 milhões de pessoas, em números absolutos.

Informalid­ade tira brasileiro­s da fila do desemprego e taxa cai a 12,8%

OUTRO CAMINHO

Segundo o IBGE, no contexto da crise econômica e da consequent­e falta de oferta de empregos formais, a maioria dos 721 mil brasileiro­s que deixaram a fila do desemprego no trimestre encerrado em julho fez isso pela via da informalid­ade.

“O aumento aconteceu, principalm­ente, entre os empregados sem carteira assinada, contingent­e que respondeu por mais 468 mil novos empregos, e entre os trabalhado­res por conta própria, que respondeu pelo ingresso de mais 351 mil pessoas no mercado”, diz o IBGE. Já a população com carteira assinada manteve-se estável em 33,3 milhões”, diz a nota do IBGE.

O IBGE registrou nível de ocupação (indicador que mede o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) estimado em 53,8% no trimestre de maio a julho de 2017, apresen-

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