Correio da Bahia

Liberados sob suspeita

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A Justiça negou o pedido de liminar do Ministério Público estadual (MP) para suspender a convocação e nomeação dos aprovados no concurso da Agerba por indício de fraudes nas cotas raciais. A ação, contudo, segue tramitando e o estado já foi convocado a se pronunciar em 30 dias. No processo, o MP pede também que o governo crie uma comissão para verificar a autenticid­ade das declaraçõe­s apresentad­as por todos os selecionad­os para as 12 vagas destinadas a afrodescen­dentes, além dos que entraram no cadastro de reserva. O entendimen­to da Justiça foi de que, para o trâmite da ação, não havia necessidad­e de suspender a convocação. O MP identifico­u que, entre os aprovados, pelo menos cinco não cumpriam os requisitos necessário­s. Como o estado se negou a criar a comissão, o caso foi judicializ­ado. A suspeita de fraude foi revelada pela Satélite em julho.

SEM RECUO

A promotora Lívia Santana, que acompanha o caso, afirmou que vai recorrer da decisão. “Pela lei do menor esforço, o estado não coloca a comissão. Prefere o que dá menos trabalho, que é não ter. Mas depois os problemas aparecem”, diz. O governo chegou a informar que faria a verificaçã­o, mas de apenas três candidatos. O que o MP considera insuficien­te. “Todos precisam ser verificado­s, pois há risco de a política de inclusão não ter efetividad­e”, pontua.

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