Correio da Bahia

Facções disputam o tráfico na região

- BRUNO WENDEL

O tráfico de drogas no Engenho Velho da Federação é disputado por duas das quatro maiores facções do estado. O Comando da Paz (CP) controla as localidade­s de Forno e Baixa da Égua. Já o Bonde do Maluco (BDM) atua na Lajinha.

Segundo fontes da Polícia Civil, o comando do CP na região está com Kléber Nóbrega Pereira, o Kekéu, e José Henrique de Souza Conceição, o Rick. Eles já foram autuados por tráfico de drogas e homicídios.

Kekéu e Rick estão mais diretament­e ligados na administra­ção das bocas de fumo da Baixa da Égua. Isso porque a localidade atualmente tem sido alvo de ataques do grupo rival - pelo fato de ser estratégic­a não só para venda de droga como também base para “olheiros” avisarem sobre a chegada da polícia.

Para não deixar o Forno sem comando, Kekéu e Rick colocaram como gerente da localidade Renaldo Souza Santos Filho, o Fofão, promovido devido à relação antiga de amizade com os “patrões”. Ele também já foi preso por tráfico.

Kekéu, Rick e Fofão são parceiros há anos. No auge da briga entre o então líder do CP, Eberson Souza Santos, o Pitty, morto pela polícia em agosto de 2007, e o seu arquirriva­l, Genilson Lino da Silva, o Perna, líder dos Caveira, atualmente custodiado em penitenciá­ria federal, os três parceiros eram os matadores do CP no Engenho Velho.

“Quando somente havia essas duas facções, todo dia eram mais de 10 mortos por causa da rivalidade. Kekéu, Rick e Fofão tocavam o terror a mando de Pitty. Acredito que os três juntos devem colecionar mais de 200 homicídios”, contou um agente, sem se identifica­r.

Quando Pitty morreu, Claudio Eduardo Campanha assumiu a liderança do CP, colocando comparsas como líderes da facção no bairro. Recentemen­te, após perder a Lajinha para o BDM, Campanha colocou Kekéu e Rick como líderes da Baixa da Égua e do Forno.

Quem lidera a Lajinha é um homem identifica­do por Leonardo e que cumpre pena por tráfico de drogas e homicídio no Complexo Penitenciá­rio da Mata Escura. “Apesar de preso, ele continua mandando e desmandand­o e temos provas disso”, disse um policial.

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