Correio da Bahia

Solto após ejacular em mulher repete ato e é preso

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SÃO PAULO O homem que foi solto na quarta-feira (30), após ser detido por ejacular em uma jovem no ônibus, em São Paulo, foi preso novamente ontem. Diego Ferreira de Novais, 27, atacou outra mulher, dessa vez em um ônibus na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, na região do Jardim Paulista. Ele foi detido por passageiro­s e encaminhad­o ao 78º DP, onde foi indiciado por estupro porque foi acusado de esfregar o pênis no ombro da vítima e ainda tentado impedi-la de fugir dele. O delegado Rogério de Camargo Nader pediu à Justiça a prisão preventiva de Diego. A decisão deverá sair hoje. Ele ainda solicitou ao juiz que submeta o preso a exames psicológic­os para saber se ele pode responder criminalme­nte ou se deverá ser levado a tratamento médico. “Ele foi autuado em flagrante pelo delito de estupro e foi pedido também a instauraçã­o de incidente de insanidade mental”, disse o delegado. Segundo ele, Diego confessou o crime e ainda disse que já tentou suicídio e chegou a fazer tratamento psiquiátri­co. A vítima, que entrou em estado de choque, tem entre 30 e 40 anos, e estava a caminho do trabalho, onde é empregada doméstica. Ela não falou com a imprensa. Esta é a quarta vez que Diego é preso por estupro. Ele já foi detido 13 vezes por ato obsceno e importunaç­ão ofensiva ao pudor, totalizand­o 17 passagens pela polícia. Em depoimento, Diego disse que os delitos começaram após ele sofrer um acidente em 2006. Segundo ele, o acidente que sofreu o deixou dois meses internado e duas semanas em coma. Depois disso, passou a se sentir “diferente”. Segundo o delegado, Diego disse que escolhe as vítimas aleatoriam­ente. "Aquela que estiver mais perto", informou ao delegado. Na terça-feira (29), Diego ejaculou em uma passageira em um ônibus na Avenida Paulista. Ele foi preso em flagrante por estupro, mas solto menos de 24 horas depois, após passar por audiência de custódia. O juiz do caso, José Eugênio do Amaral Souza Neto, entendeu não ter havido violência na ocorrência, posição que contou com a concordânc­ia do promotor Márcio Takeshi Nakada. A decisão foi seguida por críticas dos que acreditam que, diante da recorrênci­a da prática, o resultado da audiência poderia ter sido outro que não a liberdade. Na sexta-feira, o Tribunal de Justiça e o Ministério Público de São Paulo defenderam publicamen­te mudanças na legislação do crime de estupro.

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