Correio da Bahia

Diferença de corte feminino e masculino está ‘fora da moda’

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“Cuidar da aparência e, mais especifica­mente, dos cabelos, sempre foi tratado como ‘coisa de mulher’. As mulheres chegavam nos salões mais dispostas a pagar qualquer preço pela beleza”, analisa a cabeleirei­ra Liu Nascimento, especialis­ta em cabelos crespos. Mas agora os homens saíram do armário, segundo Liu.

“Estão vendo que a melhora da aparência está aí para todos e estão invadindo os salões para alisar, pranchar, escovar, etc. Estão dando mais trabalho que as mulheres”, compara. “Hoje eu sou a favor do valor ser de acordo com a demanda da pessoa, do tamanho do serviço a ser feito. Essa tabela de feminino e masculino está fora da moda”, avalia.

“Bastaria botar ‘corte simples’ no lugar de masculino e ‘corte complexo’ em vez de feminino”, resolveu o meu amigo e produtor de festas Camilo Fróes, 34 anos. Ledo engano, meu jovem.

“Cabelo de homem é muito mais complexo de se cortar. Muito mais tesouradas, chega a demorar mais, muitas vezes”, me respondeu Ivan Bispo, executivo da L’Oréal. Desculpa aí, amado Camilo, mas vou ficar com a opinião dos especialis­tas.

Estipule a igualdade para cabelos também, caro Ministério da Justiça. Ao modo de não cobrar mais caro para o passageiro mais gordo que ocupa mais espaço numa poltrona, ninguém deve ser cobrado a mais pela catilogênc­ia da madeixa que tem. “Se eu quero colorir, deixa, se eu quero assanhar, deixa”, como canta o sábio Chico César.

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