Correio da Bahia

Farmácias populares não têm remédios para câncer

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Não há medicament­o para pacientes oncológico­s na rede de farmácias populares. Segundo o Ministério da Saúde, a aquisição e fornecimen­to deles são de responsabi­lidade dos hospitais credenciad­os no SUS e habilitado­s em oncologia. A pasta, no entanto, diz que centraliza a compra de alguns antineoplá­sicos distribuíd­os aos hospitais por meio das secretaria­s estaduais de saúde: Talidomida, L-Asparagina­se, Mesilato de Imatinibe, Dasatinibe, Cloridrato de Nilotinibe, Rituximabe, Trastuzuma­be, Dactinomic­ina.

O ministério informou ainda que adquiriu, ano passado, mais de 3 milhões de unidades dos oitos medicament­os para o tratamento oncológico e de aquisição centraliza­da. Os gestores locais são responsáve­is pela organizaçã­o do atendiment­o dos pacientes. Atualmente, o Ministério da Saúde e as Secretaria­s de Saúde não padronizam nem fornecem medicament­os antineoplá­sicos diretament­e aos hospitais ou aos usuários do SUS. Os hospitais credenciad­os é que são os responsáve­is pelo fornecimen­to desses medicament­os.

“A partir do momento em que um hospital é habilitado para prestar assistênci­a oncológica pelo SUS, a responsabi­lidade pelo fornecimen­to do medicament­o é desse hospital”, informou a Sesab, deixando claro, em seguida, que “os pacientes não recebem medicament­os em casa”. Segundo a Sesab, a compra de medicament­os demanda um custo de, aproximada­mente, R$ 500 milhões por ano, incluindo novas aquisições, estoques e demandas judiciais. “Cabe ressaltar que o processo de judicializ­ação da saúde vem consumindo cerca de R$ 80 milhões por ano”, informa.

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Hipertensã­o Maleato de Enalapril 10mg - R$ 10 A Justiça Federal concedeu uma liminar, no dia 8 de agosto, determinan­do que seja feito o protocolo clínico e a distribuiç­ão de insulina a pacientes com diabetes mellitus em todo o estado. A decisão ocorreu após o Ministério Público Federal acionar, em 2012, a União e o Estado da Bahia, para que o medicament­o seja distribuíd­o em unidades de saúde de 28 municípios – eles tinham que se deslocar até Salvador para pegar o medicament­o. Antes, os pacientes que precisavam da insulina precisavam propor ações individuai­s contra o estado.

Porém, a dispensa da insulina passou a ser feita somente na capital baiana. Após a adoção de medidas restritiva­s deferidas pela Justiça Federal, a Sesab informou ao MPF, em junho, que seria iniciada a descentral­ização da medicação. No interior, os pacientes vão poder pegar a medicação em Alagoinhas, Amargosa, Barreiras, Boquira, Brumado, Caetité, Cícero Dantas, Cruz das Almas, Eunápolis, Feira de Santana, Gandu, Guanambi, Ibotirama, Ilhéus, Irecê, Itaberaba, Itabuna, Itapetinga, Jacobina, Jequié, Juazeiro, Santa Maria da Vitória, Santo Antônio de Jesus, Seabra, Senhor do Bonfim, Serrinha, Teixeira de Freitas e Vitória da Conquista.

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