Correio da Bahia

Câmara aprova proibição de coligações

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REFORMA POLÍTICA O plenário da Câmara dos Deputados aprovou ontem, por 384 votos favoráveis e 16 contrários, o texto principal da Proposta de Emenda à Constituiç­ão 282/2016, uma das mudanças legais da reforma política. A PEC proíbe coligações em eleições proporcion­ais e restringe o acesso de partidos a verbas públicas e à propaganda no rádio e na TV, por meio da chamada cláusula de barreira. A data de entrada em vigor das mudanças, porém, ficou para a próxima semana, porque não havia maioria. O relatório da deputada Shéridan (PSDB-RR) prevê o fim das coligações no ano que vem, mas uma emenda articulada pelo PPS retomará o prazo para 2020, conforme o texto original encaminhad­o pelo Senado. Esse é o principal ponto de entrave na votação da PEC. A cláusula de desempenho para as legendas terem direito aos recursos partidário­s aumenta gradativam­ente até 2030. A proposta de Shéridan começa com 1,5% dos votos válidos ou nove deputados federais distribuíd­os em pelo menos nove estados. A votação ontem ocorreu depois de tentativas de obstrução da oposição, capitanead­as pelo PSOL, com pedidos de retirada de pauta e de adiamento da votação por cinco sessões. O deputado Silvio Costa (PTdoB-PE) chegou a acusar uma “traição” em plenário, porque exigia a votação do destaque que posterga a vigência do fim das coligações. A reforma política deve voltar à pauta do plenário na terça-feira, conforme acordo dos partidos.

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