Correio da Bahia

Coreia do Norte volta a ameaçar os EUA com armas nucleares

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PYONGYANG O governo norte-coreano voltou ontem a fazer ameaças aos Estados Unidos, depois que o país pediu sanções mais duras contra a nação asiática, durante a reunião de emergência do Conselho de Segurança da Organizaçã­o da Nações Unidas, realizada anteontem. O embaixador da Coreia do Norte na representa­ção da ONU em Genebra, Han Tae Song, disse que o teste com a suposta bomba de hidrogênio no último domingo foi bemsucedid­o, mas “foi só uma amostra” do poder de fogo do país. Ainda segundo o embaixador, os testes seriam um “pacote de presente endereçado aos EUA”. A escalada de tensões entre a Coreia do Norte e o governo norte-americano, além de preocupar outros países membros da ONU, também começa a expor diferenças de opinião na condução da resolução do conflito. Entre os que defendem a pressão estão os próprios EUA e seus aliados Coreia do Sul e Japão. Para o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Sigmar Gabriel, o mundo está diante de uma grande ameaça. O ministro afirma que se a Coreia do Norte prevalecer, outros países também vão começar a adquirir armas nucleares. Na opinião dele, é preciso negociar meios de desarmar o país, mesmo que “alguma pressão precise ser feita”. O chanceler da França, Jean-Yves Le Drian, por sua vez, afirma que os países integrante­s do Conselho de Segurança não acreditam que a Coreia do Norte já consiga lançar um míssil que alcance a Europa ou os EUA. “Mas eles já podem atingir os vizinhos, como o Japão e a China, o que é preocupant­e”, alertou. Vladmir Putin, presidente da Rússia, continua convicto de que “pressionar Pyongang é um grande erro” e voltou ontem a defender o diálogo para resolução do conflito. Até agora, a pressão do Conselho de Segurança não fez com que o líder norte-coreano Kim Jong Un retrocedes­se. Ao contrário, este ano ele já realizou 14 testes de mísseis balísticos e um deles caiu no mar do Japão.

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