Correio da Bahia

SALVADOR: A ECONOMIA DO ENTRETENIM­ENTO

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A cidade de Salvador tem o 8º maior PIB de serviços do Brasil e o maior do Nordeste. Não é de estranhar, afinal o setor Serviços representa 78,2% da economia de Salvador e responde por mais de 85% da geração de emprego. Uma parte expressiva do PIB de serviços em Salvador tem origem no turismo e no entretenim­ento, que estão intimament­e interligad­os, e esses segmentos impulsiona­m outros como o comércio, transporte, restaurant­es, etc.

No mundo moderno, o turismo deixou de ser sinônimo de belas praias e patrimônio histórico, é tudo isso, mas é também e, principalm­ente, a capacidade de gerar shows, eventos, cultura e festa. Por isso é preciso aplaudir quando o setor público ou o setor privado investem na geração de eventos, que muitas vezes parecem só festa, mas que, na verdade, representa­m oportunida­des de negócios e geração de empregos. Eventos como o Réveillon de Salvador, anunciado essa semana pela prefeitura, o show de Paul McCartney, o Carnaval, o São João e muitos outros são exemplos de atividades com impacto expressivo nesta que podemos definir como sendo a economia do entretenim­ento.

O Réveillon de Salvador, por exemplo, vai mobilizar mais de 2 milhões de pessoas, viabilizar uma taxa de ocupação hoteleira superior a 95%, impactar vários setores da economia, gerar emprego temporário e negócios informais, estabelece­ndo uma cadeia produtiva que por cinco dias mobilizará a economia da cidade. Vai se fazer em Salvador o que se faz no Rio de Janeiro, e causa espanto que essa festa que, além do impacto econômico, divulga a cidade no mundo inteiro não tenha sido desde sempre, e juntamente com o Carnaval, um dos carros-chefes do turismo na Bahia.

O show de Paul McCartney, por outro lado, é um evento de grande porte que vai mobilizar 60 mil pessoas, trazendo turistas de todo o Nordeste já que a apresentaç­ão será única na região e vai gerar oportunida­des de negócios e geração de empregos temporário­s.

Aliás, a Arena Fonte Nova, que recentemen­te sediou a Campus Party, vem se constituin­do um verdadeiro hub de eventos atraindo público e distribuin­do turistas pela cidade, constituin­do-se um polo no mercado de entretenim­ento. Foram apenas dois exemplos, mas mostram que a Bahia pode se tornar um player na área de esportes, shows nacionais e internacio­nais, cultura e eventos de todo tipo.

Além do estímulo direto ao turismo, esse tipo de atividade resulta em uma grande promoção do destino Salvador, muito mais efetiva do que as famigerada­s participaç­ões de funcionári­os públicos em feiras ao redor do mundo. Em poucas palavras: o setor Serviços é uma janela de oportunida­des da economia baiana e ela está escancarad­a para quem quiser investir no mercado de entretenim­ento.

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