Correio da Bahia

Porta aberta

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A prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima colocou o chefe da Secretaria de Governo da Presidênci­a, Antonio Imbassahy (PSDB), na porta de entrada do PMDB. Antes descartado pela cúpula peemedebis­ta, o eventual embarque do tucano no partido ressurgiu timidament­e desde a descoberta de R$ 51 milhões escondidos em um apartament­o na Graça. No entanto, ganhou força ontem, diante do cerco ao principal líder da sigla na Bahia e dos reflexos sobre seu irmão, o deputado federal Lúcio Vieira Lima. Com um fora de cena e o outro fragilizad­o, avaliam governista­s baianos com acesso ao Planalto, a legenda teme sofrer um processo de desorganiz­ação e esvaziamen­to no estado. O que prejudica os planos do PMDB para 2018.

MODO DE ESPERA

Um acordo para abrigar Antonio Imbassahy depende do presidente Michel Temer e do senador Romero Jucá, que comanda o Diretório Nacional do partido. Embora não tenham dado ainda aval ao ingresso do ministro, ambos já decidiram agir com urgência contra o esfacelame­nto do PMDB baiano, estratégic­o para o projeto da dupla: formar a maior bancada do Congresso na sucessão e aumentar a musculatur­a em estados grandes, mas com poucos nomes puro-sangue eleitos para o Legislativ­o, a exemplo da Bahia.

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