Geddel volta à prisão
Após PF encontrar dinheiro, Justiça manda prender de novo ex-ministro
Às 5h59 de ontem, duas viaturas da Polícia Federal chegaram ao prédio de nº 64 na Rua Plínio Moscoso, no bairro do Chame-Chame, em Salvador. Cerca de uma hora depois, às 7h, o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB), morador do edifício, saía preso pela segunda vez em dois meses.
O novo pedido de prisão preventiva foi feito pelo delegado da Polícia Federal Marlon Cajado, responsável pelas investigações da Operação Cui Bono, e autorizado pelo juiz federal Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara de Brasília. Para ele, há indícios de lavagem de dinheiro, “reiteração da conduta criminosa” e de que o ex-ministro comete delitos “de forma sorrateira”.
Nesta quarta fase da operação, Geddel deixou a prisão domiciliar, que cumpria, sem tornozeleira eletrônica, desde o dia 12 de julho, e seguiu para Brasília (DF), onde ficará no Complexo Penitenciário da Papuda.
Sentado no banco de trás da viatura, Geddel, de calça, camisa e sapatos brancos, cobriu o rosto com as mãos ao deixar o imóvel, por volta das 7h. A prisão foi testemunhada por um vendedor ambulante e por um porteiro do prédio e aconteceu três dias depois de a PF encontrar um “bunker” com R$ 51 milhões em espécie, distribuídos em caixas e malas de papelão dentro de um apartamento que seria usado pelo ex-ministro, na Graça.
A prisão do ex-ministro movimentou a Rua Plínio Moscoso. Quem passava em frente ao edifício Pedra do Valle queria saber o que estava acontecendo, devido à presença dos policiais federais e jornalistas.
“É dose! Queria um toquinho daquele dinheiro para abrir um negócio”, comentou a doméstica Madalena Dias, 49 anos, fazendo referência às caixas e malas com R$ 51 milhões em espécie flagradas pela PF na terça-feira.
Além de Geddel, a quarta fase da Cui Bono também resultou na prisão de Gustavo Ferraz, ex-diretor-geral da