Correio da Bahia

24h Bovespa fecha a 1,7% e bate recorde histórico

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EM ALTA Na esteira da prisão de um dos donos da J&F, Joesley Batista, e um possível cenário favorável às reformas propostas pelo governo de Michel Temer, com as denúncias contra o presidente feitas pelo empresário perdendo força, a Bolsa de Valores fechou ontem em alta e atingiu um patamar histórico, com o índice Ibovespa acima dos 74 mil pontos. No total, o índice subiu 1,7% e fechou em 74.319 pontos, superando o recorde registrado em 2008, de 73.516 pontos. Para o mercado, a prisão de Joesley Batista e a iminente saída do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, do cargo, enfraquece­m as denúncias contra Temer. Além da permanênci­a do presidente, pesa a favor da análise o anúncio da votação da reforma da Previdênci­a a partir de outubro no Congresso, feita pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. A valorizaçã­o generaliza­da na Bolsa brasileira também foi atribuída a uma conjunção de fatores internos e externos. Em Nova York, as Bolsas tiveram ganhos expressivo­s, acima de 1%, refletindo fatores como a menor tensão geopolític­a e o enfraqueci­mento do furacão Irma, cujos prejuízos devem ser menores que o inicialmen­te esperado. Internamen­te, contribuem os sinais de recuperaçã­o econômica e a contínua melhora de percepção dos investidor­es em relação ao governo e ao cenário político. No mesmo dia do recorde do Ibovespa, o mercado financeiro voltou a reduzir a projeção para a inflação e aumentar a estimativa para o cresciment­o da economia do país este ano. De acordo com o boletim Focus, publicação divulgada toda segunda-feira no site do Banco Central (BC), a expectativ­a para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) foi ajustada de 0,5% para 0,6% este ano, no terceiro aumento consecutiv­o. Para 2018, a estimativa de cresciment­o passou de 2% para 2,1%.

Já a estimativa para a inflação caiu de

3,38% para 3,14%.

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