Correio da Bahia

Cadê a força em casa?

- Fernanda Varela fernanda.varela@redebahia.com.br

Jogo no Barradão, pelo menos nesta edição do Campeonato Brasileiro, é sinônimo de preocupaçã­o, dor-de-cabeça e pontos perdidos. Com o Vitória embalado, o torcedor pensou que seria diferente contra o Fluminense, anteontem.

Um tropeço diante do Fluminense não seria nada anormal, ainda mais da forma que foi, com gostinho de alívio, já que Kanu conseguiu o empate por 2x2 no último minuto. O problema é que o rubro-negro tem empacado diante do seu torcedor com frequência.

Para entender o que está acontecend­o com o Leão, é preciso ver o contexto e voltar para as primeiras 16 rodadas. A Série A do Vitória começou conturbada, com Petkovic dividindo cargo de diretor de futebol e técnico. Ele comandou a equipe nos quatro primeiro jogos - empatou na estreia contra o Avaí, fora de casa, perdeu as duas seguidas em casa, para Corinthian­s e Coritiba, em jogos realizados na Fonte Nova, e se despediu com uma derrota para o Fluminense, fora de casa.

Na 5ª rodada, Alexandre Gallo fez a sua estreia como técnico do time. Foram 11 jogos, todos com escalações diferentes. Em casa, o time decepciono­u. Fez seis jogos e venceu apenas um, contra o Atlético-MG (2x0). Também empatou com Botafogo e Bahia, mas perdeu os três restantes, contra Santos, Vasco e Grêmio, este último por goleada de 4x1, que culminou na demissão de Gallo.

Na rodada seguinte, a 16ª, mais um jogo em casa. Flávio Tanajura segurou as pontas como interino, mas não conseguiu mudar o cenário. O Vitória encarou a Chapecoens­e e levou 2x1 no Barradão.

O QUE FALTA?

Foi aí que chegou Vagner Mancini. O treinador, apontado por grande parte dos atletas como um bom gestor de pessoas, resgatou a confiança do elenco e os resultados começaram a aparecer. O time empatou com o Cruzeiro no Mineirão, calou milhões de pessoas ao tirar a invencibil­idade do Corinthian­s, no Itaquerão, e vencer o Flamengo no Ninho do Urubu. Tudo lindo? Mais ou menos. Em casa os resultados ainda não são os desejados.

A última vez que o Vitória venceu no Barradão foi no dia 2 de agosto, no segundo jogo de Mancini como técnico, quando bateu a Ponte Preta por 3x1. Porém, depois disso, foram mais dois jogos no estádio, ambos sem vencer. Pegou o Avaí, tropeçou e perdeu por 1x0 com atuação desastrosa de Neilton, que perdeu um pênalti e abusou dos erros na partida.

Depois, fez mais um jogo, anteontem, contra o Fluminense. O torcedor deu outro voto de confiança, o Vitória jogou bem, mas ficou no 2x2. Neilton abriu o placar no fim do primeiro tempo, mas viu os cariocas empatarem. O Leão também sofreu queda brusca na qualidade defensiva com a perda de Juninho, que deixou o campo aos 8 minutos da segunda etapa, lesionado. Thallyson, que entrou no lugar, fez o pênalti que determinou a virada. Aos 48, Kanu empatou.

Mancini mudou o time, mas ainda não conseguiu solucionar o problema caseiro. Diante do seu torcedor, o Vitória só conquistou nove pontos de 36 possíveis. Foram dois triunfos, três empates e sete derrotas. Pior mandante da Série A, o time tem 25% de aproveitam­ento em Salvador.

Rubro-negro tem pior desempenho como mandante do campeonato

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Pela Série A, o Leão fez 10 jogos no Barradão e dois na Fonte Nova

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