Correio da Bahia

O triunfo dos porcos na Bahia

- Júlia Vigné redacao@correio24h­oras.com.br

Com o aumento do preço da carne bovina, os baianos estão recorrendo a outra opção de proteína para complement­ar o prato. Por esta e outras razões, a produção de suínos foi a atividade da pecuária que mais cresceu na Bahia no segundo trimestre de 2017. Com aumento de 17,9%, foram 32.528 cabeças de suínos abatidas no estado, 4.932 a mais que no início do ano. Os dados fazem parte da Pesquisa Trimestral Agropecuár­ia e foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístic­a (IBGE). O cresciment­o da Bahia foi o quarto maior dentre 22 estados no período.

Esse foi o segundo melhor resultado identifica­do na série histórica da pesquisa, perdendo apenas para o segundo trimestre de 2016, que teve mais 1.553 cabeças abatidas, um número 4,6% maior. Com relação ao abate suíno de todo o Brasil, o 2º trimestre de 2017 teve o melhor resultado para esse período do ano desde 1997, com 10,62 milhões de cabeças abatidas.

Questionad­as se o aumento de 17,9% na produção suína teve influência direta no bolso do consumidor, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA), a Federação da Agricultur­a e Pecuária da Bahia, Associação Bahiana de Supermerca­dos (Abase) e a Agência de Defesa Agropecuár­ia da Bahia (Adab) afirmaram não possuir dados sobre o impacto direto.

O CORREIO fez um levantamen­to da cotação agrícola da carne suína disponibil­izada diariament­e no site da Secretaria da Agricultur­a, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultur­a (Seagri) e consta que o preço disponível no dia 2 de janeiro deste ano, primeiro dia do primeiro trimestre, era de R$ 4,70 por quilo e o preço do fechamento do segundo semestre, no dia 30 de junho, era de R$ 3,93, representa­ndo uma redução de 16,4% no valor do quilo da carne suína.

Abate de suínos teve alta de 17,9% no estado no 2º trimestre de 2017

MOTIVAÇÃO

De acordo com Rui Leal, diretor de defesa sanitária animal da Adab, o aumento da produção da carne se dá por uma série de motivos. “O aumento da produção de milho; o status sanitário, adquirido pelo estado em maio de 2016, de livre de peste suína clássica e a busca

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