Correio da Bahia

24h Três produtos baianos buscam selo de ‘originalid­ade geográfica’

-

CERTIFICAÇ­ÃO Assim como o chocolate da Suíça e o champanhe da França, a Bahia busca ser reconhecid­a pela originalid­ade de produção de três itens: o café em grão do Oeste, as amêndoas de cacau do Sul e o charuto do Recôncavo. Associaçõe­s de produtores dos artefatos se reuniram para reivindica­r o registro de Indicação Geográfica (IG), concedida pelo Instituto Nacional de Propriedad­e Industrial (INPI) a cidades ou regiões que ganham fama por qualidade e tradições de produtos específico­s.

A Bahia já possui o reconhecim­ento para as uvas de mesa e manga do Vale do Submédio São Francisco e para a cachaça de Abaíra, que conquistar­am o título em 2009 e 2014, respectiva­mente. A conquista das IGs pode alavancar as vendas de determinad­o local, ao posicionar o produto como único. É o caso das cachaças de Abaíra, que aumentaram suas vendas em cerca de 60% após o reconhecim­ento. O café em grãos do Oeste, presente principalm­ente em Barreiras, Luís Eduardo, São Desidério e Cocos, que movimenta R$ 192 milhões anualmente com a venda de 24 milhões de quilos de café, é um exemplo de produto que possui caracterís­ticas de solo, clima, culturais e históricas únicas e que, por isso, busca ganhar o reconhecim­ento por Indicação de Procedênci­a, que reconhece o local que produz determinad­o produto. “Nós buscamos esse reconhecim­ento porque o IG protege a originalid­ade de um produto de determinad­a região. Como nós exportamos também, o reconhecim­ento vai atestar a padronizaç­ão do café do Oeste e o padrão de alta tecnologia que aqui predomina”, explica Ivanir

Maia, diretor executivo das Associaçõe­s dos Cafeiculto­res do Sul da Bahia (Abacafé). Além do café, a Associação dos Produtores de Cacau do Sul da Bahia busca o reconhecim­ento para as amêndoas de Cacau da região, presentes em 83 municípios em uma área de aproximada­mente 61.460 km², principalm­ente em Ilhéus, Itabuna, Camacã e Belmonte. Os dois pedidos já estão avançados no INPI. Com projeto mais recente, o Sindicato da Indústria do Tabaco do estado também busca reconhecim­ento ao charuto produzido no Recôncavo baiano. A presidente, Ana Cláudia das Mercês, busca aumentar em 20% a produção anual de charuto nos dois primeiros anos com o selo. A produção anual atual é de 15 milhões de unidades.

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil