Londres eleva nível de alerta após ataque
A primeira-ministra britânica, Theresa May, elevou o alerta de segurança no país para “crítico”, após o ataque ao metrô em Parsons Green. Com isso, o Exército vai ajudar a polícia em seu trabalho de patrulhamento das ruas de Londres.
A elevação do alerta, que antes era “severo”, significa que a cidade está atenta à iminência de novos ataques e que o esquema de segurança será reforçado em eventos e nas proximidades do que o governo acredita ser “alvo estratégico”.
Mesmo com o aumento do nível de alerta, o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, Boris Johnson, pediu que a população tenha “calma” e reforçou que “não há motivo para pânico”.
Após conduzir uma reunião do comitê de emergência Cobra, Thereza May indicou que a bomba que provocou a explosão em Parsons Green “tinha como objetivo causar um grande dano, mas os terroristas falharam”, e pediu aos cidadãos que se mantenham “alertas” no transporte público da capital britânica.
Em solidariedade ao povo inglês, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, telefonou para Thereza May e disse que os dois países devem trabalhar em colaboração para “parar ataques ao redor do mundo, que têm como alvo civis inocentes”. Ainda segundo Trump, “seria um dever dos EUA e da Inglaterra se unirem para combater o extremismo”, informou a Casa Branca.
Por conta do ataque em Londres, o governo da Escócia decidiu aumentar o número de policiais armados nas ruas, principalmente em locais considerados chave ou mais movimentados, divulgou ontem a BBC. Eventos maiores programados nas cidades escocesas para os próximos dias também serão analisados para verificar as condições de segurança. A polícia local, porém, diz que não há informações que indiquem risco de ataque ao país.
Seguindo o exemplo do governo escocês, as autoridades da cidade americana de Nova York reforçaram a segurança de pontos estratégicos. “Como medida de precaução, dei instruções às forças de segurança estaduais para que aumentem a segurança em pontos vitais de Nova York, como aeroportos, pontes, túneis e no serviço de transporte público”, disse o governador do estado, Andrew Cuomo, que lembrou que a cidade tem um esquema de alerta especial desde o atentado de 11 de setembro. 17 de março Terrorista atropela pedestres na Ponte de Westminster, nas proximidades do Parlamento britânico. Cinco pessoas morrem, incluindo o autor do ataque; 22 de maio O extremista suicida Salman Abedi detona uma bomba na saída do show da cantora Ariana Grande. O atentado, que foi reivindicado pelo Estado Islâmico, mata 22 pessoas e fere outras 116; 3 de junho Oito mortos em sequência de ataques praticados por três terroristas, que atropelam pessoas na London Bridge e esfaqueiam clientes dos bares e restaurantes locais; 19 de julho Um homem, acusado de islamofobia, atropela muçulmanos na saída da mesquisa de Finsbury Park. Uma pessoa morre e dez ficam feridas; 15 de setembro Uma bomba explode no metrô na estação de Parsons Green e deixa o saldo de 29 feridos.