Correio da Bahia

A danada da carga

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O presidente do Sindicato das Indústrias de Cosméticos (Sindicosme­tic-BA), Raul Menezes, avisou no início de um encontro com jornalista­s na última semana para apresentar a Mostra Bahia Cosmética, que acontece amanhã, na Fieb: “Estamos aqui para falar de coisas boas”. E sim, há muitas boas notícias para o setor. Existem 72 indústrias no estado com muito a mostrar em termos de inovação e produtos de qualidade. Dez delas irão apresentar novidades na mostra, que vai contar ainda de pesquisas importante­s para o setor. Mas, conversa vai, conversa vem com empresário, sempre se chega à tal da carga tributária. Menezes diz que um grande gargalo para o setor é a elevada incidência de impostos e taxas. Além do IPI, imposto federal que chega a 20%, no caso dos xampus, e a 50% em perfumes, o ICMS do setor ficou 2 pontos percentuai­s mais caro na Bahia desde o ano passado com as mudanças no Fundo de Combate à Pobreza. “Fomos enquadrado­s junto com os fabricante­s de bebidas alcoólicas e de cigarros”, lamenta Raul Menezes.

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Numa rápida análise sobre a indústria baiana, o presidente da Fieb, Ricardo Alban, mostrou-se esperanços­o quanto a uma recuperaçã­o da atividade no segundo semestre. Lembrou que produtos importante­s, como petróleo e celulose, tem boas expectativ­as de preços, a Ford vem operando a pleno vapor e não há paradas de manutenção previstas no Polo de Camaçari. O que preocupa? As contas públicas. “Todo mundo da área econômica com quem converso diz que a elevação da carga tributária este ano é inevitável”, afirma. Precisamos encontrar outro caminho”, defende o industrial.

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