Correio da Bahia

Quem é que sobe?

- Bruno Queiroz bruno.queiroz@redebahia.com.br

A situação do Bahia na Série A é preocupant­e. O time não vence há três jogos e vem despencand­o na tabela de classifica­ção. Como se não bastassem todos os problemas que já vem enfrentand­o, a equipe “adquiriu” uma nova adversidad­e, que precisa ser corrigida rapidament­e pelo técnico Preto Casagrande.

Desde que ele assumiu, levando em conta os jogos em que esteve como interino, o tricolor sofreu 10 gols em sete partidas. O que mais chama a atenção é que metade deles foi de cabeça. Antes de Preto, somente o Corinthian­s, na vitória por 3x0 no primeiro turno, havia marcado dessa forma, com o zagueiro paraguaio Balbuena.

Pós-Preto Casagrande, Túlio de Melo pela Chapecoens­e, Thiago Heleno pelo Atlético Paranaense, Bruno Silva e Roger, pelo Botafogo e Léo, pelo Cruzeiro, se aproveitar­am da fragilidad­e defensiva do Bahia nesse tipo de jogada. O tricolor sofreu 32 gols em toda a competição em 24 jogos, e tem a oitava defesa mais vazada.

Houve outros gols sofridos, oriundos de jogada aérea, mas que tiveram conclusões com os pés. Na derrota para o Palmeiras por 4x2, na Fonte Nova, o zagueiro colombiano Mina só completou de carrinho a cabeçada de Juninho após cruzamento de Jean, em cobrança de falta.

Diante do Avaí, em Pituaçu, Júnior Dutra fez de bicicleta, após cobrança de escanteio em que Jean saiu mal do gol. Contra o Grêmio, adversário do próximo domingo, às 19h, foi um gol de bola parada que definiu a derrota em Porto Alegre, por 1x0. Na época, Geromel desviou o escanteio e Cortez só completou.

O curioso é que, apesar da fragilidad­e demonstrad­a recentemen­te no jogo aéreo defensivo, a média de altura dos jogadores do Bahia que iniciaram a partida contra o Cruzeiro era de 1,81 m. Esse número sugere que o sistema de marcação que o time tem adotado é falho. Nas bolas paradas defensivas, a marcação é mista, feita por zona, e não individual, como é mais comum.

NA SÚMULA

Expulso logo após Jean defender o pênalti de Thiago Neves, o técnico Preto Casagrande foi citado na súmula pelo árbitro Wagner Reway, que justificou o cartão vermelho dado ao treinador tricolor. O relato diz: “Expulsei do banco de reservas, aos 6 minutos do segundo tempo, o sr. Carlos Eduardo Casagrande, treinador da equipe do Esporte Clube Bahia, por gesticular de forma ofensiva contra a decisão da arbitragem e ao mesmo tempo dizer contra mim: ‘Safado, safado, safado’. Essas ações e palavras foram informadas a mim pelo quarto árbitro”, escreveu.

Preto pode ser enquadrado no Artigo 243-F do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (ofender alguém em sua honra, por fato relacionad­o diretament­e ao desporto). Caso seja punido, pode ter que pagar uma multa no valor de R$ 100 a R$ 100 mil e pegar uma suspensão de quatro a seis partidas. Contra o Grêmio, ele terá que cumprir suspensão automática e o auxiliar Maurício Copertino comandará a equipe do banco de reservas.

Ainda no final do jogo contra o Cruzeiro, Petro reclamou da arbitragem. “Percebi no árbitro a vontade de ajudar o Cruzeiro. Para quem está em campo é nítido, ele não teve critério. O Mano Menezes (técnico do Cruzeiro) reclamou o primeiro tempo todo e ele foi conversar”, disse.

Dos últimos dez gols sofridos pelo tricolor, cinco foram de cabeça

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Técnico do Bahia, Preto Casagrande precisará conversar bastante para corrigir o sistema defensivo tricolor

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