24h Mar Grande: polícia pedirá mais prazo para investigar acidente
TRAVESSIA O delegado Ricardo Amorim, responsável pela investigação do naufrágio da embarcação Cavalo Marinho I, na Baía de Todos os Santos, vai pedir a prorrogação do prazo para concluir o inquérito que apura as causas do acidente por mais 30 dias. A investigação deveria ser concluída amanhã, quando a tragédia, que deixou 19 pessoas mortas e uma desaparecida, completa um mês. “O inquérito não foi concluído por conta da complexidade do caso”, disse Amorim. De acordo com ele, até agora cerca de 130 pessoas já foram ouvidas. “A maioria dos depoimentos foi de vítimas, ou seja, sobreviventes da tragédia. A gente vai ouvir mais pessoas até chegar ao contexto de como ocorreu o acidente”, completou o delegado. Testemunhas, tripulantes e os donos das empresas que fazem a travessia Salvador-Mar Grande também já prestaram depoimentos. Para não atrapalhar as investigações, o delegado preferiu não informar o nome das pessoas que ainda vão ser ouvidas. Após um mês da tragédia, audiências públicas e protestos foram realizados para discutir melhorias na qualidade do transporte marítimo cuja fiscalização está a cargo da Agerba (agência estadual que regula o transporte público na Bahia). Responsável pela investigação administrativa do acidente, a Marinha da Bahia também não concluiu o inquérito. O órgão, no entanto, dispõe de mais 62 dias para entregar a documentação à Agerba. Já as empresas Vera Cruz e CL Empreendimentos, donas das embarcações, foram autuadas pela Coordenadoria de Defesa do Consumidor (Codecon) de Salvador por infringirem artigos do Código de Defesa do Consumidor, entre eles a falta de orientação na localização dos coletes. As autuações foram neste mês e envolveram as embarcações Cavalo Marinho III, Nossa Senhora da Penha, Catarina Paraguaçu, Joana Angélica I e Bahia Express. Foi concedido às empresas prazo de dez dias para defesa.