Evento gratuito celebra aniversário
A partir de hoje, a cidade de Cachoeira (a 120 km de Salvador) será tomada por uma série de atividades gratuitas para celebrar os 90 anos da sambadeira Dona Dalva. Exposições, seminário, missa e caruru fazem parte da programação realizada pela UFRB em parceria com a Casa do Samba de Dona Dalva, o Centro de Memória do Estado da Bahia/ Fundação Pedro Calmon, Identidade Brasil e Ipac-BA.
Com abertura hoje, às 9h, no Foyer do Auditório do CAHL, na UFRB, a exposição Dona Dalva e Sete Memórias: 90 Anos de Vida e Resistência reúne fotografias de alunos de artes visuais e de outros fotógrafos que têm forte relação com o trabalho de Dona Dalva. Álbuns de família da sambadeira, instalações e imagens projetadas também podem ser vistas na mostra que está em cartaz de segunda a sexta, das 14h às 15h, até 21 de outubro.
“É uma oportunidade de diálogo entre a comunidade e a universidade. Toda uma tradição de oralidade e memória, junto com a contemporaneidade da universidade”, destaca a mestranda do curso de História da Arte Rosângela Cordaro, 54 anos, paulistana que mora em Cachoeira há oito anos e é responsável pelo projeto de extensão que deu origem à exposição.
Já a exposição 90 Anos de Dona Dalva Damiana de Freitas: Uma História Cantada é composta por artigos que fazem parte da vida da sambadeira, como o traje que usa na Irmandade da Boa Morte e as roupas de baiana que veste no samba de roda. Além disso, uma réplica da máquina de fazer charuto, cedida pela Charutaria Leite & Alves, também pode ser vista na mostra que está em cartaz de hoje a quinta, das 9h às 17h, no Nudoc.
A programação fica completa com o seminário 90 Anos: Vida e Obra de Dona Dalva, que acontece hoje e amanhã, das 9h às 17h, no auditório do CAHL/UFRB, e com a missa em ação de graças na Igreja de Nossa Senhora do Rosário, amanhã, às 17h, seguida de caruru e samba com roda na Casa de Samba de Dona Dalva, a partir das 19h30.
“Dona Dalva é uma expoente na sociedade de Cachoeira e sempre foi uma figura respeitada”, destaca o professor de Antropolgia da UFRB Wilson Penteado Jr., 39, que integra a organização do evento. “Ela é a primeira Doutora Honoris Causa da UFRB, por tudo o que representa para a cultura afro-brasileira no Recôncavo, no samba de roda e na Irmandade da Boa Morte. A universidade está homenageando nossa doutora”, comemora.