Correio da Bahia

IPTU e a justiça social

-

Salvador é uma cidade pobre e que apresenta um conjunto imenso de demandas no campo da educação, saúde e assistênci­a social, entre outros, que precisam ser atendidas para que se possa superar o abismo de desigualda­des sociais existente na nossa cidade. O IPTU é o instrument­o que possibilit­a à prefeitura realizar a tarefa que lhe cabe na redução dos desníveis socioeconô­micos que se verifica entre as áreas mais ricas e aquelas mais carentes.

Mas, recentemen­te, alguns poucos empresário­s e devedores contumazes, que detêm grandes terrenos e querem ganhar com a especulaçã­o imobiliári­a, passaram a atacar a gestão do prefeito ACM Neto, argumentan­do que a lei que aprovou a cobrança do IPTU é inconstitu­cional. O que está por trás dessas afirmações absurdas, sabemos todos: são pessoas que jogam contra a cidade, que não aceitam que os bairros mais pobres tenham escolas, postos de saúde de qualidade, ruas asfaltadas, iluminação, creches, quadras e campos. E o que querem esses empresário­s? Simples: ficar ainda mais ricos à custa da população.

Os números demonstram a justiça social do IPTU de Salvador: até a posse do prefeito ACM Neto, apenas 38 mil domicílios eram isentos da cobrança e, atualmente, são 256 mil. Outro detalhe que precisa ser levado em consideraç­ão é que não existe uma grande diferença entre o número de domicílios que pagam o IPTU (363 mil) e os isentos.

Aqueles que, por interesses mesquinhos, jogam contra a cidade precisam entender que, com os recursos do IPTU, a prefeitura tem combatido o desequilíb­rio social que sempre marcou Salvador, realizando obras que mudaram o perfil da primeira capital brasileira. Ao investir 76% do orçamento do município nos bairros mais pobres, o prefeito desagradou a uma minoria estridente que sempre usou os governante­s em seu próprio benefício.

Com relação ao ISS, outro tema que as pessoas que querem o pior para Salvador tentam explorar, a prefeitura limita-se apenas a cumprir a legislação federal, que prevê a cobrança do imposto sobre as placas de outdoors. A prefeitura não pode, portanto, deixar de cobrar o ISS sob pena de o seu gestor ter que responder por improbidad­e administra­tiva.

Felizmente, vivemos uma outra realidade porque o prefeito ACM Neto soube transforma­r o caos encontrado nas finanças públicas em janeiro de 2013 no equilíbrio financeiro dos dias de hoje. Sem o IPTU, nenhuma cidade, especialme­nte as médias e grandes, jamais vai conseguir pagar as suas contas e fazer investimen­tos. Quem mora em qualquer bairro de Salvador e vê no dia a dia obras sendo executadas com recursos próprios, em meio à maior crise econômica da história do Brasil, sabe muito bem a importânci­a do IPTU para a cidade e reprova a atitude de três ou quatro empresário­s que não admitem o cresciment­o de Salvador.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil