Moda do futuro: sapato e massageador juntos
A transdisciplinaridade é o fio condutor das transformações sociais através da tecnologia. O conhecimento de uma área pode ser conectado com o de outra para a produção de inovação e soluções. No Laboratório do Amanhã, do Museu do Amanhã (RJ), a integração de profissionais da moda e da tecnologia permitiu a criação de novas possibilidades para as roupas, repensando as vestes como algo além do que é.
Conferencista do painel Novas Conexões, a diretora desse laboratório de experimentação, Marcela Sabino, explica que a moda é “a pele que nós escolhemos” e que é preciso projetar um futuro mais sustentável para essa indústria de alto consumo. “O nosso desafio é criar uma moda para promover o bem-estar humano, aumentando nossas capacidades, sendo uma interface entre nós e o mundo”, explica. No projeto, os profissionais desenvolveram mochilas que recarregam celulares, um sapato massageador e outros tipos de roupas futuristas usando sensores, peças eletrônicas e impressão 3D.
Na sequência da palestra, Cybele Amado, mentora do Instituto Chapada de Educação e Pesquisa (Icep), abordou o impacto das tecnologias nos setores sociais, especificamente no aprendizado. Nas últimas três décadas, pelo menos, o mundo digital influenciou o modo como pensamos e agimos, mudando a forma como adquirimos conhecimento. “Durante muito tempo, a escola esteve entre o quadro e o professor, algumas sequer tinham livros”.
Entre os avanços está a saída do quadro negro e fixo para as telas digitais móveis, onde a internet é dada como um universo informacional. “Muitas vezes, as crianças fazem perguntas que os professores não sabem responder, então precisamos aprender cada vez mais juntos”, defendeu Cybele.