Correio da Bahia

Sempre no limite

- Bruno Queiroz bruno.queiroz@redebahia.com.br

Não foi desta vez que o Bahia conseguiu encerrar o seu maior jejum na Série A. Os 32 anos sem vencer o Coritiba pelo Brasileirã­o agora são 33. Ontem, na Fonte Nova, o time até saiu na frente ao ativar a ‘lei do ex’, com Zé Rafael, mas cedeu o empate no segundo tempo. Rildo marcou para o Coxa e manteve a agonia tricolor na briga contra o rebaixamen­to, já que um triunfo traria distância da zona.

Surpresa na escalação, Everson foi o escolhido para substituir Eduardo na lateral direita. Eder, gripado, não reuniu condições de jogo e foi vetado pelo departamen­to médico. Sabendo da inexperiên­cia do garoto, o Coritiba forçou bastante as jogadas pelo lado esquerdo de ataque.

Logo aos cinco minutos, Rildo foi lançado e na disputa de bola com Everson se atirou, tentando cavar um pênalti, mas o juiz não foi na dele. O Coxa incomodou bastante no início do jogo. Alan Santos, em chute cruzado, assustou Jean e depois Henrique Almeida, de bicicleta, fez o goleiro tricolor trabalhar.

Aos 21 minutos, Tiago Real lançou para Henrique Almeida que chegou um pouco antes de Jean e foi derrubado. O árbitro Péricles Bassols, no entanto, não marcou pênalti. Absolutame­nte insosso, o Bahia só finalizou com perigo pela primeira vez aos 29 minutos. Juninho cobrou falta na cabeça de Rodrigão, que tentou deslocar Wilson, mas o goleiro paranaense fez uma linda defesa e mandou pra escanteio. Bahia Jean, Everson (Matheus Sales), Tiago, Thiago Martins e Juninho Capixaba; Edson e Juninho; Vinicius (Régis), Zé Rafael e Mendoza (E. Junio); Rodrigão Técnico Preto Casagrande

Coritiba Wilson, Léo, Cléber Reis, Werley e Thiago Carleto; Jonas (Filigrana), Alan Santos, Matheus Galdezani e Tiago Real (Anderson); Rildo e Henrique Almeida (Keirrison)

Técnico Marcelo Oliveira

Estádio Fonte Nova

Gols Zé Rafael, aos 45 minutos do primeiro tempo, e Rildo, aos 18 do segundo tempo

Cartão amarelo Tiago, Edson e Juninho; Léo, Cléber, Carleto, Jonas e Filigrana

Público 20.860 pagantes

Renda R$ 411.449,50

Árbitro Péricles Bassols Cortez (PE) auxiliado por Clóvis Amaral da Silva (PE) e Cleberson do Nascimento Leite (PE).

No final do primeiro tempo, o time começou a se ajustar e voltou a assustar em contra-ataque que Mendoza desperdiço­u com um passe errado. Aos 45, num lance despretens­ioso, Rodrigão brigou pelo alto e o zagueiro Werley tentou ajeitar de peito para Wilson. Ele não esperava, no entanto, que Zé Rafael fosse mais rápido para se antecipar ao goleiro e, mesmo sem jeito, mandar para o fundo das redes.

SEGUNDO TEMPO

A vantagem no placar fez o Bahia voltar do intervalo com a marcação ainda mais recuada e explorando os contra-ataques. Aos 10 minutos, Zé Rafael roubou a bola no campo de ataque, tabelou com Rodrigão e abriu para Mendoza, no lado esquerdo. O colombiano dominou, ajeitou e mandou no travessão, desperdiça­ndo grande chance de ampliar.

Com a proposta de aproveitar os espaços deixados pelo Coritiba, que tinha que sair em busca do empate, Preto renovou o setor ofensivo, colocando Régis e Edigar Junio nos lugares de Vinicius e Mendoza. Mas, antes que pudesse colocar sua estratégia em prática, o castigo veio. Aos 18, Léo foi acionado pela direita e cruzou para Rildo empatar a partida.

O Bahia só voltou a incomodar aos 29 minutos, quando Edson encontrou Juninho Capixaba pela esquerda. O lateral cruzou rasteiro, mas ninguém conseguiu completar. Aos 34, Everson, cansado, deixou o campo para a entrada do volante Matheus Sales. Com isso, Juninho foi deslocado para fazer a lateral direita.

Sem mais modificaçõ­es a fazer, o time tentou, na base do desespero, o gol do triunfo nos minutos finais, como aconteceu diante do Grêmio, mas que dessa vez não veio. Agora a equipe só volta a campo no dia 12 de outubro, no Pacaembu, contra o Palmeiras.

Bahia faz 1x0, mas cede empate e não consegue se distanciar do Z4

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Rodrigão olha para céu após Wilson operar um milagre em cabeceada sua no primeiro tempo, quando a partida contra o Coritiba ainda estava 0x0: chance salva pelo goleiro fez falta
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