Prazer, Danilinho
Até então, haviam sido apenas três jogos e 35 minutos em campo durante toda a temporada. O último gol marcado havia acontecido no dia 8 de maio de 2016, há quase um ano e meio. Anunciado pelo Vitória em 18 de julho, o meia Danilinho finalmente pôde se apresentar ao torcedor rubro-negro, ontem. Aos 34 minutos do segundo tempo, ele saiu do banco e entrou na partida contra o Botafogo quando o placar estava 2x1 para os cariocas. Viu André Lima empatar, de cabeça, aos 43 e, aos 49, fez o gol da virada do Leão em pleno Engenhão.
Pode não ter sido o suficiente para convencer o torcedor rubro-negro ou até mesmo justificar a sua contratação para a diretoria. No entanto, foi um feito considerável para se tornar um herói, ainda que por um dia. Nascido em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, Danilinho, apesar do nome e cara de menino já tem 30 anos e rodou bastante no futebol.
Antes mesmo de se profissionalizar, passou rapidamente pelo Schalke 04, na Alemanha. Sem conseguir se adaptar, voltou ao Brasil para atuar no Mirassol, América (SP) e Santos, até ser negociado com o Atlético-MG para a disputa da Série B de 2006. Foi destaque na campanha que devolveu o Galo à Série A. No ano seguinte, voltou a ir bem no Campeonato Brasileiro e chegou até a ser convocado para a Seleção Sub-20, com a qual foi campeão Sul-Americano e um dos principais jogadores do torneio.
Com o sucesso, partiu para o futebol mexicano, onde atuou em Jaguares, Tigres e Querétaro. Chegou a passar pelo Galo em 2012, num rápido retorno ao Brasil, mas voltou de vez ano passado para jogar no Fluminense. A passagem pelo tricolor carioca foi muito ruim.
Fez 10 jogos e nenhum gol. Chegou até a ser preso por não pagamento de pensão alimentícia. No México, acusado de estupro.
Recuperar o que foi carreira de Danilinho até então, mostra que o Vitória é a sua grande chance de se reerguer na carreira. Fazer um gol tão importante, num momento delicado em que vive o clube, pode ser o começo de um novo capítulo dessa história, que, assim como o rubro negro vem fazendo para se manter na Série A, exige muita força de vontade, perseverança e superação.