Correio da Bahia

Preso é suspeito de ter matado mais duas mulheres

- NILSON MARINHO

CIA-AEROPORTO A polícia apura se João Paulo Castro Moreira, 30 anos, preso no sábado pela morte da recepcioni­sta Marília Matércia Sampaio de Andrade, 32, é responsáve­l também pelos assassinat­os da comerciant­e Nadjane Santos de Jesus, 30, em julho, e de uma vítima ainda não identifica­da, morta na última sexta-feira, no Bairro da Paz. O corpo dela permanecia ontem no IML. As três tinham sinais de violência sexual e ao menos duas delas foram estrangula­das. João Paulo será apresentad­o hoje, no Departamen­to de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O lugar onde foi deixado o corpo da recepcioni­sta Marília, na Estrada CIA-Aeroporto, fica perto de onde a comerciant­e Nadjane foi encontrada morta, com sinais semelhante­s de violência. No dia 9 de julho, Nadjane foi achada morta, nua, na CIA-Aeroporto, com marcas de espancamen­to e violência sexual. Ela foi vista pela última vez na Rua Souto Soares, em Itapuã, levando o cachorro de estimação para passear. Horas depois, por volta das 9h30, o corpo dela foi encontrado. Nadjane e Marília moravam a 15 minutos de distância uma da outra. Familiares da recepcioni­sta acreditam que o mesmo suspeito pode ter cometido os dois crimes. João Paulo foi autuado em flagrante por homicídio. Ele estava escondido em um imóvel no bairro de Mussurunga. Dono de um lava a jato, ele usou o carro de um cliente, uma Toyota Hilux, para abandonar o corpo de Marília na Estrada CIA-Aeroporto. Tanto a família de Marília quanto a de Nadjane acreditam que elas foram forçadas a entrar no veículo. A recepcioni­sta, que trabalhava havia cerca de seis meses como funcionári­a terceiriza­da pela empresa MAP, saiu de casa, na Rua Eduardo Magalhães, em Itapuã, às 7h, e foi até um ponto de ônibus, a 10 minutos da residência. Dali, a recepcioni­sta deveria pegar um ônibus até o trabalho, em um edifício comercial na Avenida Antônio Carlos Magalhães, mas os familiares foram informados, por volta das 9h - horário semelhante ao da primeira vítima -, que o corpo dela havia sido encontrado na rodovia. “Antes de sair, ela me pediu R$ 4 emprestado­s e disse que me pagaria logo que voltasse, mas não voltou mais”, lamentou a irmã da vítima, a cabeleirei­ra Andreia Sampaio, 57. Para a polícia, parentes disseram que Marília tinha conhecido uma pessoa, que não chegou a ser apresentad­a à família.

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O corpo da recepcioni­sta Marília foi enterrado ontem, na Baixa de Quintas; vítima tinha sinais de violência

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