Correio da Bahia

Reforma da Previdênci­a será menor que o esperado, diz Maia

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CÂMARA Dez meses após ter sido apresentad­o pelo governo, o projeto de reforma da Previdênci­a foi desidratad­o para facilitar a sua aprovação no Congresso Nacional. Para o presidente da Câmara, apesar das mudanças a aprovação das regras para a aposentado­ria dos brasileiro­s deverá ser difícil. Ele acredita disse na última sexta-feira (29) que espera a tramitação do assunto após os parlamenta­res tratarem da reforma nas regras político-eleitorais e depois de apreciarem a nova denúncia apresentad­a contra o presidente da República, Michel Temer. “Todas as reformas estão sendo menores do que a gente gostaria, e a da Previdênci­a já é menor do que o governo gostaria”, disse em evento no Rio para discutir ajuda ao Estado com reitores de universida­des e instituiçõ­es de pesquisa. “Vamos ver o que vamos conseguir até o final de outubro, não é fácil, não é simples”, completou. “Quando a gente fala que o déficit da Previdênci­a atrapalha a vida das pessoas, é que com isso temos menos investimen­tos em ciência e tecnologia, em educação, por isso eu chamo de ‘incêndio fiscal’”, disse para representa­ntes de universida­des cariocas que reclamam de atrasos em repasses de dinheiro público. “Se nós não fizermos a reforma do Estado brasileiro, o mínimo que seja agora, e uma mudança profunda na próxima legislatur­a, estamos inviabiliz­ando investimen­tos em áreas fundamenta­is”, afirmou. Ele lembrou que só entre este ano e o próximo o déficit da Previdênci­a aumentará em R$ 50 bilhões. “No curto prazo vamos dar uma solução em conjunto (para as universida­des cariocas que estão sem recursos), e no médio e longo prazo vamos continuar com a nossa defesa, o governo federal não pode ter mais um Orçamento desse tamanho, de trilhão de reais, e não ter investimen­to com educação”, explicou o presidente da Câmara dos Deputados.

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