Sargento reformado da PM que atuava como segurança é morto
BROTAS O sargento reformado da Polícia Militar Carlos José de Jesus Cruz, 50 anos, foi assassinado a tiros, por volta das 13h30 de ontem, no cruzamento da Rua Campinas de Brotas com a Avenida Dom
João VI, na Ladeira da Cruz da Redenção, em Brotas. Testemunhas disseram que a vítima, que atuava como segurança em estabelecimentos da região, estava em um bar, quando homens, ainda não identificados, passaram de moto atirando.
Até ontem, nenhuma prisão havia sido divulgada. Uma das hipóteses investigadas pela polícia é a de vingança - nem a arma foi levada de Carlos, atingido com dois tiros na cabeça e outros três no tórax - ele é o 18º PM morto no estado, em 2017. Carlos morreu no local. “Quem matou sabia que ele ficava naquele bar toda segunda-feira”, disse o segurança João (nome fictício), colega da vítima. O militar aposentado trabalhava como vigilante de uma loja de frios da região apenas às segundas-feiras. “Carlos tirava minha folga uma vez por semana. Ele costumava vigiar a loja de lá do bar. Eu estava em casa na hora que o pessoal começou a me ligar. Todo mundo ficou sem entender, porque ele era um cara do bem”, disse. Muitos curiosos foram ao local para acompanhar o trabalho da perícia. Segundo a perita Karla Camacam, o PM estava de costas quando foi atingido pelos disparos. Segundo nota da Secretaria da Segurança Pública (SSP), a força-tarefa que investiga a morte de policiais começou a ouvir testemunhas do ataque ao sargento. “O crime aconteceu em um horário de grande movimento. Já estamos colhendo informações sobre os autores do crime”, afirmou o coordenador da força-tarefa, delegado Odair Carneiro. Ele disse ainda que câmeras de estabelecimentos próximos também poderão ajudar a identificar os criminosos. A família da vítima foi ao Instituto Médico Legal Nina Rodrigues (IML), para onde o corpo foi levado, mas ninguém quis falar com a reportagem. O crime assustou comerciantes e moradores. Uma lojista que preferiu não ser identificada falou sobre o crime: “Eu estava varrendo a calçada, quando duas motos chegaram na porta do bar. A primeira tinha dois homens, e a segunda só tinha um. Na hora, eu cheguei a achar que fosse bomba, mas os funcionários da loja de frios começaram a gritar”. Segundo ela, o homem que pilotava a segunda moto ainda voltou ao local para se certificar de que o policial estava morto. A polícia investiga quantos homens participaram da ação. O secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, lamentou a morte do sargento, que já trabalhou na Assistência Militar da pasta.