Ataques atingem outras regiões
A onda de roubos de gado não aflige apenas os produtores rurais do Recôncavo. É o que garante o assessor jurídico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faeb), Carlos Bahia, que acompanha o setor há mais de duas décadas. “Sabemos que na Bahia, desde o início do ano, o problema se agravou e já ocorreu em propriedades de todas as regiões, alcançando milhares de cabeças de gado, sendo que os roubos e furtos se dão também com relação a insumos agrícolas, máquinas, implementos”, cita.
De acordo com a entidade, as cidades onde têm ocorrido maior incidência de abigeato (roubo de gado) são Feira de Santana, Antonio Cardoso, Tanquinho, Iaçu e Marcionilio Souza (no Centro-Norte do estado), Riachão do Jacuípe, Rio Real, Barrocas, Biritinga (no Nordeste), Caetité (Sudoeste), Iramaia (Chapada Diamantina), além de praticamente todos os municípios do Sul, incluindo Itaju do Colônia e Itapetinga. Nessas duas cidades, além dos contumazes abigeatários, os fazendeiros disseram suspeitar do furto de gado por parte de índios, que invadiram 27 fazendas entre os dias 23 e 30 do mês passado. Uma das propriedades invadidas pertence à família do ex-ministro Geddel Vieira Lima – a família entrou com um pedido de reintegração de posse. A polícia vai investigar as denúncias de roubo de animais.
Segundo Carlos Bahia, a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA), sindicatos de produtores e a própria Faeb estão desenvolvendo um levantamento, a nível nacional, para se chegar a um diagnóstico preciso do número de propriedades e produtores que tiveram animais roubados, entre outros dados que possam ajudar no controle das ocorrências. A Faeb, inclusive, tem um setor que recebe denúncias, que podem ser feitas pessoalmente (na sede da empresa, na Rua Pedro Rodrigues Bandeira, 143, Comércio) ou no telefone 71 3415-7100.