Correio da Bahia

24h Temer diz que roga a Deus por dias melhores

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NÃO FOI A APARECIDA O presidente Michel Temer divulgou nas redes sociais um vídeo por conta da celebração do dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, comemorado ontem. Na mensagem, além de narrar parte da história da santa, Temer diz que roga a Deus por dias melhores. “Olhemos para o futuro com fé e esperança; façamos nossa parte. Logo virão resultados de paz e progresso para todo o povo brasileiro”, diz o presidente. “Eu e minha família nos unimos aos romeiros, aos devotos e devotas de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, rogando a Deus por dias melhoras para todas as famílias do Brasil”, completou.

Na semana passada, em passagem por Belém (PA), após fazer acenos à Igreja católica, ao participar de cerimônia de assinatura do protocolo de intenções para destinar à Arquidioce­se de Belém uma área de 10,8 mil metros quadrados, o presidente e ministros que estavam em sua comitiva tiveram uma parada fora da agenda para fazer uma visita ao Templo Central da Assembleia de Deus.

No vídeo, Temer explica a história de Nossa Senhora e diz que o terceiro centenário do encontro da imagem de Nossa Senhora nas águas do rio Paraíba faz da data de hoje um momento especial. “Eu quero deixar o registro de meu respeito e apreço por todos os devotos e devotas da mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo, e sob a indicação de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, padroeira do Brasil, recebe, há exatos 300 anos, o carinho e o amor de tantas gerações de brasileiro­s e brasileira­s”, diz.

Citando trecho do livro Hebreus, da Bíblia, Temer disse que “a fé, ensina Hebreus 11, era uma das tantas passagens inspirador­as do texto sagrado ‘é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê. Foi ela que fez a glória dos nossos antepassad­os’”.

O presidente diz ainda que o episódio “simboliza a própria história dos muitos brasileiro­s e brasileira­s que jamais perderam a esperança e que, vencendo todas as dificuldad­es, acreditam e constroem um futuro melhor para si mesmos, suas famílias e para todo o Brasil”.

Com a popularida­de baixa, o presidente enfrenta atualmente a segunda denúncia criminal apresentad­a contra ele pela Procurador­ia-Geral da República.

“Se eu fosse presidente do Brasil, eu viria, não é?”, disse o reitor do Santuário Nacional, padre João Batista, a jornalista­s, após a missa campal. Ele foi questionad­o sobre o assunto por jornalista­s. “Eu acho que é uma questão até de assessoria. Vai ver os assessores não atentaram pra isso. Olha, é a padroeira do Brasil. É algo importante.

Mas a gente respeita”, afirmou o sacerdote.

Batista citou como exceção o governador Geraldo Alckmin (PSDB), declaradam­ente católico, que disse frequentar Aparecida desde quando era prefeito da vizinha Pindamonha­ngaba.

“Nós convidamos, claro, mas não é tradição”, comentou o padre, que disse não ter recebido justificat­iva formal. As autoridade­s presentes foram vaiadas brevemente pelos fiéis, quando foram anunciadas no início da cerimônia. “Não ouvi vaia nenhuma”, respondeu Alckmin, quando questionad­o sobre a manifestaç­ão do público. Ele estava acompanhad­o de integrante­s do governo paulista na catedral.

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