Correio da Bahia

DVD ESTADO DE POESIA AO VIVO

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melodia, se necessário”, pontua, ressaltand­o que a novidade do trabalho reside no fato de que a criativida­de e a tecnologia foram aliadas importante­s para o resultado do trabalho. “Foi tudo feito artesanalm­ente, com recursos tecnológic­os variados, mas feito com muito amor”, completa.

No disco, temas delicados e polêmicos, como a proteção à natureza e o combate à violência são tratados com leveza e humor no rock Caminho do Bem e no samba Maria da Penha. Angela ressalta que a faixa-título fala de liberdade e foi retirada de fragmentos dos originais de outras composiçõe­s, como Portal do Amor, Amor meu Grande Amor e completada no Verão de 2017.

Nas palavras de Angela, Selvagem é um disco que pulsa por inteiro com a força regional do xaxado Parte com o Capeta; na batida disco do dançante Sai de Mim!; fazendo balanço no samba bossa De Todas as Cores; emocionand­o com o blues Meu Retiro; brincando de esperança na balada jazzística É Simples Assim.

Ela lembra, ainda, que o leque aberto na capa do álbum é um instrument­o usual e remete simbolicam­ente a uma marca do seu trabalho: abranger o máximo possível de possibilid­ades, sem se fechar para absolutame­nte nada.

FOGO CRIATIVO

Embora não tenha sido pensado com essa proposta, Angela ressalta que, por conta dessa concepção enxuta, o disco ficou num formato interessan­te para viagens e turnês. “Estamos prontos para levar o disco pelo Brasil”, completa, bem humorada, dizendo que está em pleno fôlego criativo. Vale salientar que o último álbum da cantora foi lançado em 2013, o ao vivo Feliz da Vida!, também pela Biscoito Fino. Nesse mesmo ano, a cantora também lançou o Coitadinha Bem Feito: canções de Angela RoRo, com regravaçõe­s realizadas com vozes masculinas.

O intervalo, reflete, foi o tempo certo para trabalhar. “Tive várias etapas em minha vida e estou muito feliz em chegar à terceira idade pulsante, enxuta (ela perdeu 65 quilos sem cirurgia bariátrica) e com muito vigor”, conta a carioca. “O Brasil é um país de um povo muito talentoso, nossas vergonhas se resumem a política. Temos uma televisão de excelência, somos reconhecid­os na literatura, cinema, música e há uma renovação constante desses talentos, felizmente”, afirma, garantindo que isso é que ascende a esperança num momento histórico, onde a conjuntura torna o cotidiano chato e feio. “Só precisamos de paz e um pouquinho de compaixão”, finaliza.

Artista Chico César

Produção Canal Brasil/Chita Discos

Preço R$37,90

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