Correio da Bahia

Com a energia que vem do palco

- Carmen Vasconcelo­s carmen.vasconcelo­s@redebahia.com.br

Dois anos depois de lançar o álbum Estado de Poesia, Chico César apresenta o resultado das suas andanças pelos palcos brasileiro­s no DVD Estado de Poesia Ao Vivo. Essa é a terceira vez que o cantor paraibano se utiliza desse formato, que também está disponível em plataforma­s de streaming e traz imagens exclusivas, captadas pela Globo Nordeste, durante apresentaç­ão no Teatro Boa Vista (Recife), em setembro de 2016.

Para Chico, um dos pontos altos do DVD reside no fato de ter sido gravado no Nordeste, além de ter conseguido reunir todos os músicos e aqueles que participar­am da gravação do álbum no estúdio, a exemplo de Lazzo Matumbi, Simone Sou, Oleg Fateev, Seu Pereira, Luizinho Calixto, Escurinho, Xisto Medeiros, Helinho Medeiros, Gledson Meira e Michael Ruzitschka.

“Esse trabalho terminou resultando numa grande celebração, num encontro entre as músicas de trabalho e as de carreira”, conta, ressaltand­o que conseguiu gravar canções como Diana, Onde Estará o Meu Amor, Espumas ao Vento, Besta é Tu, ‘ Pra Não Morrer de Tristeza e Mand’ela.

“Estou imensament­e feliz com a realização desse DVD. Mais que um produto artístico, é o registro de um dos momentos mais felizes de minha vida. Poder reunir no palco todos os que participar­am do disco gerou uma energia muito forte, um dínamo potente que acende muitas luzes”, garante Chico César.

O cantor ressalta ainda que, embora não tenha conseguido levar o show para todas as capitais brasileira­s, a cada contato com o público se renovam as possibilid­ades e as novas composiçõe­s. “É engraçado que, mesmo havendo tanto a trabalhar nesse DVD, sempre tenho novas ideias para composiçõe­s e vão surgindo canções novas justamente desse trabalho com o antigo revisitado”, esclarece Chico, fazendo questão de ressaltar que um novo álbum com inéditas não está nos planos por agora. “Nesse mundo de consumo imediato e, por vezes, inconscien­te, é interessan­te observar a renovação dessa inspiração sem, no entanto, criar uma urgência de lançar novidades sem o tempo necessário para fruir o presente”, filosofa.

Desde que lançou o primeiro CD, o Aos Vivos, Chico diz que tem havido uma constante renovação do seu contato com o público e que os álbuns terminam sendo uma expressão dessa relação, além de ter permitido uma troca rica e diversa. Da Bahia, por exemplo, o cantor cita a amizade e o fato de o tratarem como nativo.

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