Somália: marcha lembra os mortos em ataque
MOGADÍSCIO Milhares de pessoas tomaram as ruas da capital da Somália, ontem, em uma manifestação pelos ataques do último sábado, quando mais de 300 pessoas morreram e outras 400 ficaram feridas no país. Os manifestantes teriam entrado em confronto com a polícia. A marcha atrave ssou Mogadíscio e os participantes se concentraram no local no atentado promovido pelo grupo radical islâmico Al Shabaab, que tem ligações com a Al Qaeda. Também ontem, o papa Francisco comentou os ataques terroristas à Somália e disse que é preciso “converter os homens violentos e estimular todos aqueles que, com enormes dificuldades, trabalham pela paz nessa terra martirizada”, comentou o papa durante audiência na Praça de São Pedro, no Vaticano. Segundo o governo local, centenas de feridos graves ainda estão hospitalizados e a ausência de bancos de sangue em Mogadíscio prejudica o atendimento médico às vítimas do ataque. Países como Turquia, Estados Unidos e Catar estão oferecendo auxílio como cirurgiões e medicamentos. Os EUA enviaram um avião militar com ajuda humanitária, enquanto o Quênia, país vizinho à Somália, prometeu fornecer 11 toneladas de suprimentos médicos. Segundo o Conselho de Refugiados Norueguês (NRC) divulgou ontem, mais de um milhão de refugiados na Somália deixaram suas casas por conta da fome agravada pela seca que assola o país e devido aos conflitos étnicos e religiosos. Ainda de acordo com a NRC, 6,2 milhões de pessoas precisam com urgência de ajuda humanitária na Somália. No país, 388 mil crianças de até 5 anos sofrem com a desnutrição aguda.